“All Together Now – LOVE” de Adrian Wills
A propósito da estreia de This is It recordei-me de um documentário assistido nas últimas férias e que por qualquer motivo não foi alvo de comentário neste blog.
A bordo do avião da TAP que me trazia de volta a casa, tive a oportunidade de ficar a conhecer que Love o projecto dos The Beatles que eu julgava tratar-se de uma mera remasterização de vários sucessos da banda a ser utilizada num qualquer espectáculo “de revista”, fazia, sim, parte de um grandioso empreendimento que unia a (música da) banda de Liverpool, nada mais nada menos, do que ao Cirque du Soleil, numa performance a ser apresentada no mítico The Mirage Hotel, em Las Vegas.
O documentário denominado All Together Now, retrata e acompanha o longo processo de preparação do espectáculo, tanto a nível musical, como visual, como artístico, pontificando a participação de todos os principais interessados, nomeadamente Paul, Ringo, as viúvas de John e George e o produtor George Martin.
No entanto, ao contrário de This Is It, o documentário realizado por Adrian Wills, constrói, de verdade, uma história e um enredo que nos mantêm presos até ao final.
Optando por uma estrutura cronológica, vamos sentindo pulso ao filme, compreendendo com fidedignidade as emoções e os sentimentos de todos os envolvidos. Vamos percebendo o conceito idealizado, o contexto em que foi criado e, assim de tudo, o seu objectivo primordial.
Mas não nos limitamos a sentir. Temos igualmente oportunidade de ver e ouvir, partes extensas do produto final (ainda que num estado bruto), facilmente nos deixando contagiar por uma música e um espectáculo, de facto, intemporais.
Por ventura o espectáculo idealizado e ensaiado por Michael Jackson iria superar em larga escala a apresentação do Cirque du Soleil (e qualquer outro espectáculo musical/visual), no entanto será inegável que cinematograficamente falando All Together Now está a anos-luz do primário This Is It.
No meio de tudo isto talvez, os meus gostos musicais, possam influenciar um pouco a minha opinião cinéfila. É que desde tenra idade foi fã incondicional dos Beatles (não daqueles que colava posters nas paredes do quarto ou coleccionava todo o tipo de merchandising mas daqueles que reconhece, a km de distância, qualquer música, som ou acorde da banda de Liverpool).
Por tudo isto, LOVE (o espectáculo) acarreta consigo toda aquela magia e fantasia de um sonho nunca realizado que se torna ainda mais palpável pelo visionamento do documentário.
Nunca disse que este blog não era um local de comentários e opiniões pessoais, ok!?!
Aqui fica mais uma pequena revelação!
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