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“Amor Por Acaso (Love Happens)” de Brandon Camp


A perda de um ente querido será certamente a dor mais profunda que o ser humano pode sentir. No entanto, para os que cá ficam nada mais resta do que a dura tarefa de tentar recompor a sua vida e seguir em frente… ou cortar à direita ou à esquerda!
No fundo, como diriam os outros: segue, segue, segue, segue, segue…

É este o ponto de partida para um filme que deriva entre o bom humor, o drama e o romance mas que, em última análise, acaba por acertar ao lado em todos eles!
O primeiro percalço denota-se ao nível do casting. Aaron Eckhart e Jennifer Aniston têm talento para dar e vender, no entanto entre os dois não se vislumbra aquela faísca necessária a um romance que começa (ou deveria começar) instantaneamente.
O bom humor fica-se por uma ou outra piada de circunstância e pela presença de um opaco Dan Fogler (vimo-lo recentemente em Taking Woodstock, mas usando bem mesmo roupa!), no papel do elementar assistente.
Quanto à questão central, a abordagem não deixa de ser peculiar, porém, vai perdendo o seu fulgor e imprevisibilidade, em favor de uma solução mais linear e escorreita.
Seremos, em verdade, assim tão fáceis de “topar”?

Burke Ryan (Eckhart) é o responsável por um livro e respectivo programa de auto-ajuda (A-Okay!) que está preste a atingir escala nacional. No entanto, uma visita a Seattle (terra natal da sua falecida esposa), para apresentar o seu seminário, irá confrontá-lo com as suas próprias perdas. Não bastasse, um fortuito encontro com a bela Eloise (Aniston) abalará ainda mais o seu mundo.
Até que ponto estamos cientes que para ajudar os outros temos de deixar que nos ajudem também?

Para além de argumentista, Brandon Camp acumula ainda as funções de realização, neste que é o seu filme de estreia.
Pese embora toda a boa vontade, essa falta e experiência é notória, percebendo-se o objectivo assumido mas questionando-se se não haveria uma forma mais profícua de o alcançar.
Seria assim tão difícil pedir a Martin Sheen que aparece-se um pouco mais? Ou a Judy Greer e Dan Fogler para terem o mínimo de substância?

Enche o ecrã. Eckhart e Aniston cimentam a sua importância no seu agitado mundo de Hollywood mas nós (cinéfilos e apreciadores de cinema em geral) ficamos com aquele doce sensação de … mais um!

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  1. Acho que Jennifer Aniston deveria fazer outro tipo de filmes porque assim ela não conseguirá progredir como estrela de cinema, que ela continua a fazer apenas filmes românticos, e neste caso voltou a ter uma prestação comum como em tantos outros filmes. O filme é essencialmente dramático, mas não muito, e quase nada tem de romantismo, está um filme normal, com uma história que não é nada de impressionante ou assim tão interessante. Na verdade não está nada de especial, dou nota 2/5, é um filme que irá agradar principalmente aos fãs dos actores, mas não trás nada de especial ao cinema em geral. [por Jorge Ferreira | Jomirife]

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