“Marido, Por Acidente (The Accidental Husband)” Griffin Dunne
Tirando partido da sua estreia nas nossas salas de cinema nacionais aproveito, agora, para vos falar de um filme que tive o “prazer” de assistir durante as férias de Verão.
Digamos (sem desprimor pelo mesmo) que fomos praticamente obrigados a assistir a este The Accidental Husband – contrariando o nosso princípio basilar de, sempre que possível, optar por filmes brasileiros… quando de férias no Brasil.
Adoraria dizer-vos que fomos surpreendidos, que pese embora as diminutas expectativas o filme nos agradou de sobremaneira, que foram 90m de puro divertimento/romance, porém, a história não é bem assim!
Enquanto comédia afectiva ou doce sátira sobre “conselheiros” sentimentais, o filme até tem o seu quê de cativante e refrescante, o problema é quando se tenta transformar num romance de algibeira e aí sente-se que lhe falta muita coisa!
A momentos recorda-me The Ugly Truth. O problema é que Jeffrey Dean Morgan (ainda) não tem o carisma de Gerard Butler e Uma Thurman (já) não é muito de usar vestidos justinhos ou decotes acentuados – se é que me entendem!
Patrick Sullivan (Morgan) está prestes a casar, dando asas a um verdadeiro conto de fadas, após ter conhecido a sua parceira no decorrer de um incêndio. No entanto, o amável bombeiro não esperaria que, através do seu programa de rádio de aconselhamento a jovens apaixonadas, a Dr.ª Emma Lloyd (Thurman) interferisse profundamente na sua vida.
De um momento para o outro Patrick vê a sua vida desabar e como retaliação forja (informaticamente) o seu casamento com Emma.
Ela própria de casamento marcado – com o aristocrata Richard (Colin Firth) – e com uma mediática carreira (como escritora e psicóloga) pela frente, procura desesperadamente pelo seu “novo marido”. No entanto, o processo de anulação do seu “casamento” será bem mais complicado do que o que seria de supor…
Em tempo de férias qualquer momento de descontracção e boa disposição é sempre apreciado. No entanto, agora que vos escrevo, é bem mais fácil de constatar que não havia ali muito por onde se pegar.
Obviamente que a falência do grupo responsável pela sua distribuição (o mesmo de Nothing But the Truth) não ajudou na sua conclusão nem, tão pouco, na sua promoção e consequente performance nas bilheteiras.
Claro que, por outro lado, podemos sempre argumentar que terá sido por excesso de filmes desta qualidade que a empresa foi à falência… ups!!