“Não há Crimes Perfeitos (Staten Island)” de James DeMonaco
É bom ver que Tarantino já faz escola!
Pena é que o entusiasmo se desvaneça tão rapidamente…
Há excepção da fraca construção das personagens, o argumento até tem algumas veleidades, interligando histórias e arriscando por caminhos sinuosos. Apenas, nem todos nasceram com o talento/dom para serem brilhantes…
Staten Island, o 5º (e muitas vezes esquecido) “bairro” de NYC, é o centro da acção deste filme que une as histórias de 3 personagens totalmente antagónicas mas unidas por… uma mercearia.
É lá que elas se cruzam e é a partir de lá que tudo começa a fazer um pouco mais de sentido!
Temos Parmie (Vicent D’Onofrio), um audacioso porém desiquilibrado mafioso que se vê numa posição imprevisível.
Sully (Etahn Hawke), um modesto trabalhador cheio de boas intenções e repleto de más acções.
E, finalmente, Jasper (Seymour Cassel), um simpatico senhor de alguma idade com demasiados “esqueletos no armário”!
Apesar da violência inerente a um filme que aborda (ainda que de forma muito ligeira) o mundo da máfia e do crime violento, esta está longe de ser a principal preocupação de James DeMonaco. O estreante realizador norte-americano concentra-se em nos surpreender (pela positiva) com algumas surpresas e reviravoltas bem colocadas e (pela negativa) com alguns momentos demasiado surreais e totalmente desnecessários!
Desta falta de coerência, ou de bom gosto deva-se dizer, resulta uma obra descompensada e desaproveitada, ficando, de certa forma no ar, a ideia que teria potencial para ir bem mais além.
Bem, ficou a intenção…
…pode ser que para a próxima tenha(mos) mais sorte!