“Como Treinares o teu Dragão (How to Train your Dragon)” de Dean DeBlois e Chris Sanders
Que bela surpresa!
E ainda não me refiro especificamente ao filme que irá encantar a pequenada nas férias da Páscoa que se avizinham.
Falo-vos da opção da distribuidora nacional em lançar o filme na sua versão original também em 3-D, contrariando a norma vigente nos últimos tempos. Parece que o fenómeno Alice in Wonderland ao menos teve esse efeito entre nós…
Curiosamente na antestreia a que tive o prazer de assistir foi exibida a versão 3-D, em português – para a próxima já não me enganam!
Regressando ao filme propriamente dito, este prova que a DreamWorks Animations pode não ganhar muitos Oscars mas que faz filmes para entreter pequenos e graúdos… disso não tenhamos dúvidas!
Como sempre a questão das expectativas (não muito elevadas neste caso) teve o seu efeito positivo na apreciação final, porém, mesmo depois de ter tido tempo para analisar e reflectir, não terei problemas em afirmar que estamos perante um filme bem acima da média.
Uma história cativante, um argumento ágil e escorreito e uma utilização sábia e precisa das tecnologias (3-D), resultam numa obra actual, divertida e plena de significado. Olhando, por exemplo, para The Princess and the Frog, nota-se facilmente quem parou no tempo e quem se adaptou ao séc. XXI.
Logo à partida, num longo travel pela aldeia que servirá de cenário a esta aventura, ficamos a conhecer Hiccup, um corajoso mas incompreendido viking, filho do chefe da aldeia, que dada a sua esguia estrutura acaba por ser colocado de parte no que toca aos afazeres masculinos da aldeia. E não é coisa fácil!
A principal “praga” que assola a ilha de Berk dá pelo nome de DRAGÕES!
Aliás, vários dragões dos mais variados feitios, cores e aptidões que se entretêm a queimar as casas da aldeia e a roubar-lhes toda a comida (especialmente as ovelhas).
No entanto, o destino do jovem viking parece mudar quando uma noite ele atinge um mítico espécime “inimigo”… alguém acreditará nele?
Mantendo um enredo simples e uma composição de personagens bem ligeiro, o filme acaba por surpreender com um ou outro detalhe bem engendrado, acompanhados por aquele toque de irreverência típico de um estúdio que teve a audácia de nos trazer Shrek e/ou Madagascar!
Nunca escondendo o seu foco primordial – entreter os espectadores – o filme não hesita em deixar a sua “marca moral”, demonstrando que o cinema de animação pode e deve instruir enquanto encanta os mais pequenos.
O melhor de tudo é que depois de escrever o livro homónimo que serviu de base a este filme, Cressida Cowell já acrescentou mais 7 ou 8 capítulos à saga de Hiccup Horrendous Haddock III.
Temos franchise!?!
-
Pingback: “Como Treinares o Teu Dragão: O Mundo Secreto (How to Train Your Dragon: The Hidden World)” de Dean DeBlois – Doces ou Salgadas?