“Dia e Noite (Knight & Day)” de James Mangold
Não há volta a dar… enganei-me, mesmo, no Destaque d(est)a Semana!
Quer dizer, ainda faltará comprovar a qualidade do tão aguardado The Ghost Writer mas tenho para mim que será certamente superior a este esforçado Knight & Day.
Longe vão os tempos em que todo e qualquer filme de Tom Cruise era um fenómeno mundial de grande escala. Os anos vão passando, a fama já não é a mesma e (aquilo que realmente nos INTERESSA!) as escolhas nem sempre são as mais acertadas!
Curiosamente Knight & Day teria tudo para dar certo.
James Mangold, o realizador de obras como Walk the Line, 3:10 to Yuma ou Girl, Interrupted (o tal que valeu o Oscar a Angelina Jolie).
Cameron Diaz, a eterna namoradinha dos EUA, agora uns anitos mais velha mas com a mesma graça e um pouco mais de talento.
E como não poderia deixar de ser, Tom Cruise, num papel a lembrar os melhores dias de Mission: Impossible mas com um twist de diversão e loucura.
A questão é que para alcançar essa diversão… e loucura somos confrontados com um argumento que deixa muito no ar e outro tanto a desejar! Para além de uma série de improbabilidades a lembrar os “melhores dias” de James Bond, o que me chateou mesmo foram aqueles apagões preciosos (depois irão entender melhor…) que ajudam a justificar… tudo!
O que me inquietou mesmo é que a história, no seu conjunto, até tem o seu interesse e a sua autenticidade mas aqueles momentos líricos deixam-nos sem reacção.
Só levando tudo com muita descontracção, espírito aberto e … um bom balde de pipocas é que conseguimos apreciar o filme.
Encontramos, desde cedo, Roy Miller (Cruise) e June Havens (Diaz), em viagem para Boston. Depois de um encontro ocasional em pleno aeroporto, as suas vidas irão chocar em definitivo a bordo da aeronave que os transporta. A partir daí cada encontro (propositado?) será motivo para muita acção, humor e diversão… tudo em prol de um cientista peculiar (Paul Dano).
Muitas vezes faz-nos lembrar Mr. & Mrs. Smith mas Angelina e Brad têm outra química (logicamente!) e outra disposição para as cenas mais físicas.
Resta-nos um razoável filme de Verão, com entretenimento e boa disposição q.b., que não nos fará pensar em tempo (ou $) perdido… mas não muito mais que isso!
Mas que poderia ter sido muito mais… disso não tenhamos dúvidas!
Quanto ao convite… mais um daqueles momentos sui generis da Castello Lopes. Depois não se queixem dos comentários menos bons ou dos resultados inesperados…