“A Troca (The Switch)” de Josh Gordon e Will Speck
Depois de The Back-up Plan, a ideia de ter mais uma quarentona desesperada por ter uma criança, causou-me automaticamente um imenso arrepio na espinha.
Queres ver que um desastre nunca vem só? – pensei eu para com os meus botões!
Mas este The Switch não é tanto acerca de “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” mas, bem mais, a história do homem que a acompanha nesse processo.
Num tom bem humorado e a momentos espirituoso, o filme consegue manter-nos curiosos quanto à sua evolução e ao seu desfecho… sem nunca entrar em histerismos ou excessos.
E se, à partida, o protagonismo seria supostamente entregue, por inteiro, a Jennifer Aniston, é Jason Bateman quem nos agarra à tela e “rouba” a grande maioria das cenas do filme.
Depois de “consumado” o projecto, tudo o que nos interessa saber é o que é feito de Wally (Bateman), como reagiu ao sucedido como conseguiu lidar com os acontecimentos. Kassie (Aniston) é “apenas” o objecto do seu afecto… e da sua dor!
Ou seja, quando Kassie ouve o seu relógio biológico a reclamar por um filho, decide avançar com um projecto a solo, mesmo perante as renitências de Wally, o seu melhor “amigo”.
Encontrado o dador perfeito (Patrick Wilson) e “consumada” a operação, a vida irá separar os dois amigos, apenas para os voltar a juntar meia dúzia de anos depois.
É nesta altura que Wally tem uma verdadeira epifania…
Enfim, trata-se de uma boa surpresa que se transforma num agradável entretenimento, especialmente numa altura em que a comédia romântica made in USA começa a demonstrar inequívocos sinais de cansaço e desinspiração.
Para mais, se tivermos em conta que a obra anterior de Josh Gordon e Will Speck foi o tresloucado Blades of Glory, quase que podemos classificar este The Switch como uma obra-prima!
… just kidding, ok!?!
Mas que se vê bem, disso não tenham dúvidas!