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“Só Eles! (The Boys are Back)” de Scott Hicks


Clive Owen!

Muito se fala (especialmente em blogs e sites da especialidade) dos constantes atropelos cinematográficos no nosso país, relativamente à estreia, à data de estreia e à promoção do cinema vindo dos mais variados cantos do Mundo.

No entanto, em redor de tudo isto, há uma constatação que não deve fugir a todos os “comentaristas”. O cinema, como qualquer outra arte, vive das receitas que gera e da sua capacidade em atrair o público necessário para tornar rentável um projecto. Experimentalismos e artistas à parte, o cinema é uma indústria que vive do e para o lucro.

The Boys are Back é um filme originário da Austrália, realizado por um dos seus mais conceituados autores (ainda que Scott Hicks tenha, em verdade, nascido no Uganda) que iniciou o seu périplo comercial no “longínquo” mês de Setembro de… 2009.

Alguns festivais e lançamento em DVD depois, o filme chega ao nosso país quase por acaso, estreando em uma dúzia de salas e captando… um dúzia (de centenas) de espectadores.
Não seria de esperar outra coisa. A relação causa-efeito neste caso é óbvia. Talvez com outro cuidado o filme pudesse somar bem mais espectadores, nestas condições (de minimização do investimento) o destino estava automaticamente traçado!

Mas é pena!
Ao contrário da larga maioria dos dramas familiares a que assistimos (oriundos dos EUA), a história de Joe Warr é diferente e ao mesmo tempo, bastante próxima da (nossa) realidade!
As personagens criadas por Simon Carr transportam consigo a ambiguidade natural de cada ser humano. Não temos bons nem maus, certos nem errados, temos apenas pessoas a tentar superar as dificuldades que a vida lhes apresenta, da melhor forma que sabem.

Quando o jornalista desportivo, Joe Warr (Clive Owen), perde a sua mulher de forma totalmente inesperada, uma sensação de impotência e indefinição invade-lhe a vida. Junto ao seu filho mais novo (Nicholas McAnulty), ambos tenta encontrar um novo equilíbrio que os ajude a superar tamanha perda.
Mas as surpresas não se ficaram por aqui. Ainda em processo de luto, os 2 irão receber a visita do filho mais velho (George MacKay) de Joe (do seu 1º casamento).
Os 3 irão viver novas experiências e descobrir que o Amor é um sentimento e não uma razão!

Para além da história tocante e palpável, o que salta de imediato à vista é o enorme talento de Clive Owen. O actor inglês, mais acostumado a filmes de acção e diversão, encontra neste papel o maior desafio da sua carreira até agora, construindo uma personagem plena de raiva, paixão e egoísmo.

É daqueles filmes que nos fazem pensar “E se… fosse comigo?”
E só por isso já vale o seu visionamento!

NOTA: As magníficas paisagens australianas ficam como bónus pela fidelidade, ok?

Site Oficial
Trailer

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