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“Harry Potter and the Deatlhy Hallows – Part 1” de David Yates


É com profundo pesar e extrema honestidade que escrevo esta palavras.
Apesar de nunca ter lido a obra de J.K.Rowling (optei conscientemente por “dedicar-me” em exclusivo à sua versão cinematoráfica) sigo com grande curiosidade e, porque não, gosto a evolução do mais famoso feiticeiro da História (muito para lá de Merlin!).

Porém, não terei doces palavras para com a sua mais recente transposição para a 7ª arte!
Desde que foi anunciado, a necessidade de dividir o último capítulo da saga de HP em dois filmes nunca foi totalmente compreendida! A “desculpa” era que a obra pela sua extensão e complexidade seria impossível de comprimir em 2 horas (e meia) de filme. Deu-se o benefício da dúvida…

No entanto, depois de ver a 1ª parte, não tenho pudor em afirmar que mais não se tratou do que de uma manobra descarada de fazer dinheiro à custa dos fãs, seguidores ou meros cinéfilos! Das 2h de duração do filme aproveitam-se, no máximo, 30m!

O novelo é de tal forma enrolado que parece que não se passa nada! Alguma tensão, mais um ou outro detalhe desvendado mas, na sua maioria, o filme limita-se ao pecúlio de Harry, Hermione e Ron enquanto sozinhos(??) e sempre de regresso ao “mesmo” local inóspito e supostamente seguro, tentam desvendar os últimos segredos em volta de Voldemort e do seu exército.

Mais que nunca, o filme resume-se às acções dos 3 jovens amigos. Os restantes intervenientes permanecem estranhamente incógnitos, não passando de meros figurantes ou figuras de décor. Falando em décor, o espaço cénico é, precisamente, outro dos grandes “defeitos” deste episódio!

A perda de Hogwarts, com as suas salas imponentes, os seus claustros fantasiosos, os seus detalhes deliciosos em cada recanto, a sua magia resplandescente, está longe de ser compensada…
Sobra o desempenho de uns miúdos que cresceram com a série, que se afirmaram como actores de sólido talento e que se preparam impacientemente para levantar asas e abandonar os seus alter-ego. Restará apenas saber se serão capazes de o fazer ou se viverão eternamente sobre a sombra de um sucesso e de uma imagem planetária!

Quanto a esta Part 1, não haverá muito a acrescentar!
Fantástico esforço para manter alguma consistência e atractividade durante mais de 2h, um exemplar trabalho de fotografia do “nosso” Eduardo Serra (será que é desta que arrebata o Oscar?), o já referido trabalho dos actores e a incessante ampliação da expectativa face ao desenlace final, serão os únicos atributos de um filme a que se exigia BEM mais!

O meu último desejo é que a “montanha não vá parir um rato” e que fiquemos todos sem perceber o porquê de tanta comoção, tanta história e tanta tinta derramada.

Venha lá a Part 2 que é para se tirarem TODAS as dúvidas!

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