“Red – Perigosos” de Robert Schwentke
Depois de Stallone e companhia terem demonstrado que velhos… são os trapos, é agora a vez de Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich e Helen Mirren saírem da casca para “distribuírem porrada”.
Num estilo Misson: Impossible vs. Die Hard, Robert Schwentke adapta para o cinema uma das mais recentes banda-desenhadas produzidas pela DC Comics.
Alternando um tom mais divertido com “porrada da velha”, o filme acaba por criar um clima cativante e facilmente apreciado pela maioria, recheado de deliciosos clichés e algumas surpresas bem guardadas.
Para além do inspirado desempenho do quarteto já apresentado, há a, ainda, destacar a presença da divertida Mary-Louise Parker (a protagonista da série Weeds) e do imponente Karl Urban, como competentíssimos complementos de um grupo que dispensa apresentações!
Mas se o quarteto torna-se um grupo forte, o seu líder é mesmo Bruce Willis. Mais habituado a este tipo de “confrontos” o actor de Die Hard, assume as despesas de grande parte do filme num registo que faz lembrar os “bons velhos tempos” mas mais velho ainda, certo?!
Frank Moses (Willis) é um antigo operacional da CIA cuja principal ocupação durante a reforma é o telefonema diário para a sua agente…. da Segurança Social (Parker).
Porém, uma noite, um grupo de homens altamente armados invade e destrói a sua casa. Nada mais resta a Frank do que reunir as tropas para descobrir quem está por detrás de tudo isto.
Entre percalços, exageros, fobias e paixões impossíveis e lealdades inquebráveis, o filme segue impertubavelmente o seu rumo. Claro que pelo meio há tempo para umas quantas idiotices bem bom-humoradas (mas sempre sem perder a noção!) e uma ou outra revelação inesperada.
Em suma, um filme que promete agradar a todos e que mesmo não sendo uma obra de eleição merece o respeito e a comparência do espectador.
Se The Expendables era todo ele um aglomerado de testosterona anos 80. este Red será um cocktail bem mais completo, ainda que em doses bem mais comedidas.
Para memória futura: a capa do 3º, e último, fascículo de RED.