“Sem Identidade (Unknown)” de Jaume Collet-Serra
Por ventura será, até ao momento, a maior desilusão do ano!
Depois de Taken e The A-Team era com bastante expectativa que aguardava o “regresso” de Liam Neeson ao papel de herói de acção(??)!
O trailer deixava antever algumas cenas de cortar a respiração e (fazia crer) um argumento rebuscado que ajudasse a enquadrar a tardia mas preciosa descoberta do actor irlandês para protagonizar filmes do género.
De facto, o filme é pontuado por algumas cenas cativantes mas o argumento é DEMASIADO próximo de BOURNE!
Quando a história prometia seguir um rumo diferente do expectável, a sua nova rota esbarra de frente com algo que já vimos (e apreciamos) anteriormente… e mais não digo!
Martin Harris (Neeson), um conceituado cientista, está de visita a Berlin com a sua mulher (January Jones) para um congresso que promete revolucionar o mundo actual! Porém, logo à chegada, um infortúnio acidente coloca-lo-à numa cama de hospital durante vários dias. Ainda mal refeito do acidente, Martin terá novo choque quando a sua mulher nega conhecê-lo! Abandonado nas ruas da capital alemã e sem qualquer identificação, terá que lidar com as suas esporádicas memórias que teimam em não fazer sentido e com uma série de estranhos que parecem seguir cada um dos seus passos…
Liam Neeson volta a estar competentíssimo nesta sua nova faceta, Diane Kruger e January Jones ajudam plenamente, dando um toque feminino e de qualidade a um filmes bastante másculo enquanto que as breves aparições de Bruno Ganz e Frank Langella pontuam um filme distinto!
Berlin transmite-lhe a austeridade necessária e é mesmo pena que o argumento falhe ao não nos oferecer uma perspectiva diferente do que já vimos anteriormente!
No que diz respeito ao realizador espanhol, Jaume Collet-Serra estou certo que não lhe faltarão oportunidades para confirmar (ou não!) o seu talento… por agora ainda prefiro a irreverência e frontalidade dos franceses, Pierre Morel ou Jacques Audiard.
Como filme de acção/entretenimento cumpre as suas obrigações mas, infelizmente, na hora de separar-se dos demais acaba por deixar muito a desejar…
Por agora há no mercado outros exemplos mais felizes!
Não é mau mas podia (ao menos) ser diferente!
-
Pingback: “The Commuter – O Passageiro” de Jaume Collet-Serra – Doces ou Salgadas?