“Alta Golpada (Tower Heist)” de Brett Ratner
Depois de comédias (esforçadas) como Little Fockers, The Heartbreak Kid e Greenberg ou Imagine That, Meet Dave e Norbit, era natural que olhássemos para esta experiência conjunta de Ben Stiller e Eddie Murphy com alguma desconfiança… para ser simpático.
Pese embora o currículo de cada um deles, as suas últimas apostas não correrem lá muito bem, com excepção do cinema de animação, Madagascar e Shrek, respectivamente (e mesmos esses…). Era pois um teste definitivo à sua capacidade em fazer cinema com o mínimo de qualidade (ser ser atrás de um boneco!).
O filme começa fraquinho, recheado de estereótipos e com 2 protagonistas em piloto automático…
Felizmente, sente-se um “toca a reunir”! Matthew Broderick, Casey Affleck, Michael Peña e Gabourey Sidibe dão o corpo ao manifesto, deixando-se guiar pelas regras deste duo improvável, e o filme acaba por chegar a bom porto!
Gargalhadas são intervaladas por algumas ideias inteligentes, cada secundário tem direito a seu momento de protagonismo e o desenlace revela-se bem mais seguro do que na larga maioria dos filmes do género. No final o pior é mesmo o título português (mas nem vale a pena comentar!!).
Consternado pela rombo que o milionário e agora detido, Arthur Shaw (Alan Alda), faz na suas economias e nas de todos os funcionários da The Tower (um luxuoso condomínio fechado em pleno Central Park), Josh Kovacs (Stiller), o gerente do edifício, perde as estribeiras e confronta o imprestável investidor. Essa sua atitude irá custar-lhe caro e é já sem nada a perder que se alia ao larápio da esquina, o ardiloso Slide (Murphy), para tentar reaver o seu dinheiro.
E como em qualquer plano mirabolante, tudo o que pode correr mal, corre mesmo mal… é fácil perceber para onde tudo aquilo os leva!
Brett Ratner não é propriamente reconhecido por ser um realizador brilhante mas tem um percurso suficientemente competente para garantir muita diversão e um bom entretenimento. E é precisamente isso que ele nos traz aqui, um filme que cumpre plenamente a sua obrigação e que corresponde às expectativas criadas!
Podemos sempre alegar que com um elenco desta qualidade seria possível fazer mais (e melhor) mas na maior parte dos casos “o óptimo é inimigo do bom” e bonzinho era tudo o que queríamos!
O cinema mais (a) sério segue dentro de momentos…