“Missão Impossível: Operação Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol)” de Brad Bird
Aparentemente Brad Bird terá uma óptima carreira, como realizador… mesmo longe do cinema de animação!
O responsável máximo por The Incredibles estreia-se no cinema de “imagem real” com um registo electrizante e altamente atractivo.
Com um ritmo típico do cinema de animação(!), onde, obrigatoriamente, está sempre a acontecer algo diferente e em que o tempo para reflexão é diminuto, este Mission: Impossible marca uma aproximação ao conceito original (que encantou audiências durante anos na TV), em que uma equipa de super-agentes assume uma missão… impossível!
Existe um passado, uma linha condutora que enquadra as personagens e as suas relações, mas o epicentro do filme está na (ou em cada) Missão.
Tom Cruise volta a assumir o comando de uma equipa multifuncional mas dando espaço a cada um dos seus elementos para ter os seus “15 minutos de fama”. A seu lado encontramos Simon Pegg (o único “sobrevivente de M:i: III), Paula Patton e Jeremy Renner, uma equipa improvisada mas altamente qualificada.
Após uma missão falhada em pleno Kremlin, os 4 agentes são deixados a solo. Perante as consequências da operação, a agência é obrigada a rejeitar qualquer conhecimento dos seus actos… ou seja, aquela lenga-lenga do “in the event you or any member of your team should be caught or killed, then the Secretary will disavow any knowledge of your actions” torna-se real!
E embarcamos em mais uma missão… impossível!
De Moscovo à Índia, passando pela mítica Torre Burj no Dubai, a acção do filme decorre a um ritmo alucinante, deixando pouco tempo aos espectadores mais preguiçosos para compor qualquer teoria da conspiração. Mais do que o enredo (que no final lá se alinha) a principal preocupação Brad Bird é mesmo a forma (vertiginosa) como as cenas vão sendo encadeadas. Fazendo de Ghost Protocol, um dos melhores filmes de acção do ano!
Após alguns percalços, Tom Cruise parece ter voltado à melhor forma e o elenco de secundários é suficientemente seguro para lhe retirar alguma da pressão dos ombros.
Voltamos a ter um filme (ou um franchise) que se desenrola em torno de uma equipa (e não de um indivíduo) e isso trará necessariamente vantagens para todos.
A sequela será obrigatória… e ainda bem! Já tinha saudades daquele musiquinha
Mission: Impossible – Ghost Protocol “Theme Song”