“O Diário a Rum (The Rum Diary)” de Bruce Robinson
Depois de uma das grandes confirmações deste final de ano, uma das grandes decepções!
Já não é a primeira vez que Johnny Depp mergulha no universo de Hunter S. Thompson. Mas se Fear and Loathing in Las Vegas era uma obra para alguns (poucos), The Rum Diary parecia ser um filme para as massas.
No ponto mais alto da sua carreira, Depp pode-se dar ao luxo de fazer o que bem lhe apetece que sairá sempre bem na fotografia. Nós é que nos podemos sentir mais ou menos… defraudados!
O começo deixa antever uma obra cativante, o corpo do filme começa a dar sinais de que aquilo é tudo uma maluqueira… mas com algum sentido. O pior é mesmo o final! Sem coerência, brilhantismo ou competência, a máxima ironia é mesmo sentir que Hunter S. Thompson estava-se a borrifar para todos nós!
Cansado da sua vida entediante nos EUA, Paul Kemp (Depp) aceita um cargo num remediado jornal de Porto Rico. Apesar das naturais dificuldades de adaptação Kemp será rapidamente absorvido pela sociedade local. Em especial o influente Sanderson (Aaron Eckhart) e a sua bela namorada (Amber Heard) que o adoptam sem saber muito bem o que iriam receber em troca.
Dividido entre os seus idealismo pessoais, uma sociedade em ebulição e a atractividade do dinheiro e do poder Kemp terá de… revelar-se!
A obra acaba por se relevar de alguma forma autobiográfica, uma vez que o próprio Hunter S. rumou a Porto Rico, em plena década de 60, para tentar encontrar-se…
Só espero que tenha tido mais sorte do que Kemp!
Quanto ao filme, Bruce Robinson não consegue esconder o seu longo interregno da 7ª arte (a sua anterior realização data de 1992). Falta-lhe pulso, visão e estrutura para agarrar uma história vertiginosa e alucinante.
Fica a memória de um filme que prometia MUITO MAIS!
Vale por Johnny Depp, obviamente, e por um irreconhecível e hilariante Giovanni Ribisi!