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“J. Edgar” de Clint Eastwood


No fundo, no fundo, é uma História de… Amor!

Do amor de um homem pelo seu país, do amor de um homem pela sua mãe e de um amor reprimido que ele próprio condena. Esse Homem é J. Edgar Hoover, o fundador e chefe máximo do FBI (Federal Bureau of Investigation) durante mais de 40 anos!

A História é vasta! São variadíssimos os episódios que ajudam a perceber as origens e o perfil daquele que terá sido um dos mais poderosos homens do século XX. Porém, a Clint Eastwood interessa tanto os feitos como os defeitos de alguém que marcou decididamente o nosso tempo e que ajudou a moldar a sociedade (norte-americana) tal como a conhecemos.

Neste tour de force é determinante o louvável desempenho de Leonardo DiCaprio… uma das principais omissões dos nomeados aos Oscars deste ano!
O actor californiano encarna (é verdadeiramente esse o termo!) com magnífico à vontade uma personalidade deveras complexa e cativante.

J. Edgar Hoover era um daqueles homens com uma missão e ai de quem se intrometesse entre si e os seus objectivos! Dos anos 20 aos anos 70, Hoover teve de lidar com alguns dos mais famosos criminosos da história americana. Ainda assimo, terá sido a sua relação com 8 Presidentes (de Coolidge a Nixon), com a sua mãe (Judi Dench) e com o seu braço direito, Clyde Tolson (Armie Hammer), o que mais captou a atenção do cidadão comum.

Durante mais de 1h30 vamos acompanhando o ping-pong entre a carreira construída por Hoover e as mudanças impostas pelos anos 70 e pelo peso da sua idade. Na meia hora final, Eastwood concentra- se, em definitivo, no homem, no seu conflito interno e no seu legado. Típico na obra recente do actor-realizador, a idade (avançada) é o foco central do desenlace. Sentimos a preocupação em encerrar um imenso capítulo… da forma mais honrosa e coerente possível.

A momentos falta ao filme alguma fluidez e vibração, deixando-se ludibriar por um ou outro apontamento redutor. Mas quando ganha determinação, J. Edgar confirma todo o virtuosismo tanto do seu realizador, como do seu protagonista.

Era suposto ser um dos grandes candidatos aos prémios deste ano. Em vez disso revelou-se uma obra corajosa mas algo inconcludente que se perde ao longo de mais de 40 anos de História.

A verdade é que estamos muito mal habituados! E não ficará por aqui!
DiCaprio tem previsto para 2012 The Great Gatsby (de Baz Luhrmann) e Django Unchained (de Quentin Tarantino). Já Clint Eastwood deverá regressar à representação em Trouble with the Curve junto a Amy Adams e Justin Timberlake.

O futuro parece, realmente, risonho… para já fica uma obra contundente.

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