“Detenção de Risco (Safe House)” de Daniel Espinosa
Denzel Washington faz-me lembrar Nicolas Cage… mas ao contrário!
Apesar de Denzel ser 10 anos mais velho, ambos os actores surgiram em grande forma em meados da década de 90, acumulando prémios, louvores e o respeito do público.
A diferença é que não me recordo do último filme menos bom protagonizado por Denzel (Déjà Vu, American Gangster, Pelham 123, The Book of Eli, Unstoppable). Quanto a Cage… já não se poderá dizer o mesmo (e recuso-me a elencá-los, ok!)!
Desta vez Denzel tem a seu lado a “estrela em ascensão”, Ryan Reynolds, num duelo sem quartel em que os bons e os maus se confundem a cada cena, até um desenlace competente e emocionante.
Matt Weston (Reynolds) é um jovem operativo da CIA que tem como função única “guardar” um esconderijo clandestino dos Serviços Secretos norte-americanos em plena Cidade do Cabo, África do Sul.
O seu banal quotidiano é abalado pelo súbdita chegada de um “convidado” especial, um ex-agente da CIA, de seu nome Tobin Frost (Washington). Não bastasse a presença desta enigmática figura, tudo fica ainda mais confuso quando um grupo de mercenários toma de assalto o esconderijo, obrigando Matt a fugir com o seu “convidado”.
Até quando conseguirá o jovem inexperiente conter, em campo aberto, um dos mais conceituados (ex-)agentes da CIA?
Percorrendo as ruas e os bairros mais modestos (e perigosos) da Cidade do Cabo, vamos descobrindo um pouco mais de cada uma das personagens, enquanto estes tentam escapar aos diferentes perigos que encontram a cada esquina.
Mas não se deixem enganar, Safe House é, antes de mais, um thriller from head to toe, daqueles electrizantes em que nos deixam em constante estado de alerta porque a qualquer momento algo de novo pode acontecer.
Denzel continua competente como sempre e Reynolds consegue manter-se “na sua cola” o tempo suficiente para ser convincente.
Quanto a Daniel Espinosa, o jovem realizador sueco de origem chilena parece ter entrado de forma bastante segura em Hollywood, cabendo apenas ao futuro confirmar se estamos perante um grande realizador, ou não.
Para já, as primeiras indicações foram… bem positivas!