“Comprámos um Zoo! (We Bought a Zoo)” de Cameron Crowe

Chegou a ser apontado como um dos possíveis candidatos aos prémios de 2011 mas acabou por cair no esquecimento e viu a sua estreia no nosso país (sabiamente) adiada até o final de Março.

Com isto, o mais recente trabalho de Cameron Crowe tem caminho livre para se relevar numa das grandes surpresas deste início da Primavera!
O filme é baseado numa História verídica, envolve corações despedaçados, raiva (in)contida e animais “domésticos”… e é lindo!

Benjamin Mee (Matt Damon) é um pai viúvo que se sente perdido no quotidiano dos seus filhos, após a morte da sua esposa. Conceituado escritor e aventureiro, Ben nunca devotou grande tempo às duas crianças e tem sido particularmente complicado lidar com a ausência da figura materna…
Decidido a mudar de rumo, Ben procura um novo refúgio para os três e parece ter encontrado o local ideal numa pitoresca mansão longe da cidade e da vida que tinham antes.
Mas não é apenas um novo lar, na realidade a sua nova morada é um VERDADEIRO Zoo que alberga tigres, leões, zebras, um urso, alguns répteis e muita mais bicharada. Decididos a recuperar um espaço degradado, os 3 contarão com a ajuda de uma invulgar mas dedicada equipa de tratadores e biscateiros, onde se inclui Kelly Foster (Scarlett Johansson) e a jovem Lily (Elle Fanning).

Como será fácil perceber a recuperação do Zoo funciona, igualmente, como uma metáfora para o conturbado percurso daquela pequena família. Aqui reside muita da magia que Cameron Crowe consegue incutir a um filme bem modesto mas que transforma-se numa bela história para toda a família.

Mas o realizador terá, também, muito a agradecer a Maggie Elizabeth Jones que no papel da pequena Rosie nos derrete por completo a cada detalhe.
É neste ritmo delicado mas bem humorado que vamos acompanhando a lenta recuperação de um lar destroçado mas que precisa apenas de um pouco de atenção para se transformar em algo memorável.

Zoo e família nunca mais serão os mesmo e nós… também não!
Depois de termos vivido as suas desventuras e emoções é com enorme reconforto que regressamo a casa conscientes que ainda há pessoas realmente fantásticas!

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