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“John Carter” de Andrew Stanton


Há fenómenos difíceis de explicar…
A Disney já admitiu que o filme irá original um prejuízo de 200 milhões de dólares (parece-me um pouco cedo para tais considerações, mas tudo bem), já é considerado um dos maiores flops da história do cinema mas a verdade é que mantém uma cotação superior a 7 no IMDB (e 50% no RT) e os fãs já iniciaram uma petição para “exigir” uma sequela.

Parece-me um típico caso de quando as expectativas são demasiado elevadas (e os orçamentos exorbitantes), as reações acaba por ser extemporâneas…

John Carter é, acima de tudo, um filme-pipoca! Uma história simples mas até com algumas subtilezas interessantes, uma enormidade de efeitos especiais de primeira linha (com o 3D em pleno destaque) e um herói com o mínimo de carisma e talento.

Obviamente que Taylor Kitsch ainda não tem aquele star-power das estrelas de Hollywood mas é suficientemente competente e natural para corresponder às exigências do filme. E não está sozinho! Mesmo que apenas na voz podemos desfrutar de Samantha Morton, Williem Defoe ou Thomas Haden Church. Já Lynn Collins (não confundir com a intragável filha do Phil) e Mark Strong, respetivamente princesa e arqui-inimigo, dão corpo e alma ao manifesto!

Faltará apenas mencionar Andrew Stanton (WALL•E), que segue o exemplo de Brad Bird (MI:IV) e salta da Pixar para o cinema de aventuras, um realizador competente vitima apenas das circunstâncias, já que o seu trabalho, mesmo que não tão virtuoso, merece o nosso respeito!

Um veterano soldado da Guerra Civil norte-americana é obrigado a servir as tropas vencedoras na sua nova “querela” com os índios. Porém, John Carter (Kitsch) está esgotado pela Guerra e pretende apenas seguir o seu rumo. A sua insubordinação irá levá-lo a uma enigmática gruta onde algo extremo lhe acontece!
Ao acordar, John Carter vê-se numa terra inóspita, habitada por peculiares criaturas (e outras mais “normais”) e onde ele é visto como um ser estranho. Só mais tarde John irá perceber que se encontra em Marte, um planeta em convulsão que tem na princesa Dejah Thoris (Collins) a única oposição a um poderoso grupo de seres omnipresentes, liderados pelo implacável Matai Shang (Strong). Conseguirá ela atrair John Carter para a sua… causa?

O mais interessante desta aventura (cinematográfica) é que a história foi escrita à praticamente 100 anos atrás, por Edgar Rice Burroughs (igualmente o criador de Tarzan) e só agora o cinema apresenta os meios (visuais) para lhe fazer justiça. Dito isto qualquer consideração quanto à originalidade do argumento (face a outros filmes do género) terá de ser bem ponderada…

John Carter era suposto ser um grandioso filme. Infelizmente é apenas bom.
Mas justifica plenamente a ida ao cinema!

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