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“Lorax (Dr. Seuss’ The Lorax)” de Chris Renaud e Kyle Balda


E lá teve de ser a versão portuguesa… pelo menos não tive de pagar bilhete.

Lorax é baseado na frutuosa obra de Dr. Seuss, um dos grandes escritores norte-americanos de livros infantis e responsável pelas obras que serviram de base a filmes como Horton Hears a Who!, How the Grinch Stole Christmas ou The Cat in the Hat.

Em linha com Horton, Lorax é extremamente atractivo do ponto de vista visual, abusando de cores alegres e vistosas e de objectos inimagináveis, ainda que conservando uma linguagem e uma mensagem (vulgo “moral da história) bastante infantil e linear.

Estamos numa pequena cidade futurista em que as árvores deixaram de crescer no solo e em que o ar (puro e) fresco é um produto raro e altamente lucrativo. Ted tem uma paixoneta implacável pela sua vizinha do lado e quando esta lhe diz que o seu maior sonho é ver uma árvore real, o jovem rapaz tudo fará para concretizar o sonho dela.
Fora das fronteiras da cidade ele encontrará Once-ler uma figura solitária que lhe contará a sua história. De como chegou àquelas terras outrora resplandecentes e vivas, de como ajudou a modificar o seu meio envolvente e de como conheceu uma indescritível criatura de seu nome Lorax, o protector da natureza.
Entre o passado e o presente ficamos a entender (um pouco) melhor como a natureza é importante para todos!

Para além da vertente ecológica que pontua cada vez mais a animação nos EUA – veja-se, por exemplo, o vencedor do Oscar de Animação deste ano – o filme diferencia-se dos demais ao criar dois mundos totalmente distintos. Por um lado a natureza, recheada de ursos, galinhas, peixes e árvores farfalhudas, por outro a cidade, 99% artificial mas igualmente bela. No fundo um reflexo dos nossos dias e da diferença entre a cidade e o “campo”.

Ora bem, se do ponto de vista visual o filme é deveras atraente, já em termos de enredo o mesmo não se pode dizer. Nem tanto pela previsibilidade da história, nem pela fraca construção de personagens, o filme peca, sobretudo, por contentar-se em agradar apenas às crianças… mantendo uma linguagem bastante simples e sem grandes rasgos de genialidade.

A anterior obra de um dos realizadores, Chris Renaud, tinha sido Despicable Me e… nota-se! Porém, infelizmente desta vez não temos minions e o filme acaba por não alcançar a mesma qualidade… mais não seja em termos cómicos!

Sem dúvida uma das grandes apostas deste período de férias escolares que se avizinham mas que deixará, certamente, mesmo nos mais novos, um certo sabor a desconsolo.

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