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“Battleship – Batalha Naval” de Peter Berg


O filme tinha tudo para ser um enorme fiasco.
Protagonistas ainda em fase de afirmação (já para não falar na Rihanna!), a Hasbro por detrás da adaptação (depois da criticada, ainda que altamente rentável trilogia dos Transformers) e um jogo de tabuleiro cuja adaptação ao cinema soava a duvidoso.

Curiosamente reside na forma inteligente e inventiva como o filme consegue recriar a dinâmica do jogo, o seu momento mais atraente. O problema é que a juventude dos nossos dias (que seria à partida o público alvo do filme) só conhece o jogo (da Hasbro) pelo nome e nunca terá passado longas tardes a tentar afundar os porta-aviões ou submarinos dos amigos – na maioria das vezes recorrendo a meras folhas quadriculadas!

Como blockbuter trata-se, um pouco à imagem de John Carter, de um filme competente, atraente a momentos e suficientemente coerente para manter-nos interessados até ao fim. É claro que esta história dos aliens serem os maus da fita já começa a cansar mas, dada a situação geopolítica actual, não é fácil encontrar bons vilões, certo?

No centro do enredo encontramos dois irmãos oficiais da marinha norte-americana. Stone Hopper (Alexander Skarsgård) um soldado exemplar que “carrega” a responsabilidade de educar o seu impetuoso irmão mais novo. Já Taylor Kitsch é Alex Hopper, mais irracional mas, também, mais bravo.
Ambos serão colocados à prova quando se inicia mais uma edição dos Jogos Militares em pleno Hawaii. Junto a militares de diferentes nacionalidades eles tentarão superar as suas diferenças até que, em pleno alto mar, algo misterioso parece escapar ao radar mas não à vista.
Uma invasão parece eminente e a primeira batalha dar-se-á… no mar!

O filme tem algumas cenas interessantes, os efeitos especiais têm a sua qualidade (sem a necessidade do 3D!) e os protagonistas acabam por cumprir a sua função. Neste contexto Kitsch parece ser quem mais beneficia com um filme que não deslumbra mas que está muito longe de ser o desastre anunciado.

Quanto a Peter Berg, o actor-realizador pode-se orgulhar de uma carreira como realizador bastante regular com títulos interessantes como The Kingdom, Hancock ou Friday Night Lights. Pode não ser um iluminado mas nunca meteu o pé na argola, certo!

É entretenimento bom. Não chega a espectacular mas também não desilude!
E dá uma vontade de pegar na caneta e nas folhas quadriculadas…

 

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