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“Na Terra de Sangue e Mel (In The Land of Blood and Honey)” de Angelina Jolie


Angelina Jolie estreia-se na cadeira de realizador(a)… e, só por si, isso já seria motivo de muita atenção e detalhado escrutínio!

Mas o filme, nomeado ao Golden Globe para Melhor Filme Estrangeiro, fez correr muita mais tinta, especialmente na Europa Central, por via da sensível temática que aborda.

A região dos Balcãs há várias décadas (senão séculos) congrega uma disparidade de povos e crenças religiosas que a transformaram numa das mais periclitantes zonas no Mundo. São vários os relatos de atrocidades e monstruosidades. Um dos mais violentos das últimas décadas, ficou conhecido como a Guerra da Bósnia e opôs os Bósnios (e, também, os Croatas) aos Sérvios.

Estamos, então, no início da década de 90 (do século passado) quando Danijel (Goran Kostic) e Ajla (Zana Marjanovic) se conhecem e iniciam um tímido namoro. Mas tudo se irá complicar (irremediavelmente?) quando estala a Guerra entre sérvios e muçulmanos em plena BósniaHerzegovina… na altura, ainda, um dos territórios da, agora, antiga Jugoslávia. É que Danijel é filho de um general das forças militares sérvias e Ajla um indefesa e inocente muçulmana!
Quando se voltam a cruzar, estão em campos totalmente opostos de uma Guerra indescritível!

Será delicado não reconhecer que Jolie assume uma posição parcial perante o conflito (mesmo que ela e a produção o negue veemente), uma vez que os bons e os maus são facilmente identificados, numa Guerra em que a diferença entre uns e outros não terá sido assim tão nítida.

Questões Históricas à parte, o filme cumpre plenamente a sua função como obra choque e desconfortável que recria uma realidade demasiado próxima para ser esquecida e, em simultâneo, demasiado dura para ser encarada com leviandade.

Pessoalmente o que mais me chocou é que muitos destes comportamentos (usuais na II Guerra Mundial) julgar-se-iamexterminados há várias décadas em virtude de um civismo e de um revigorado respeito pelo próximo. Aparentemente estava enganado!

Destaque para Jolie, para a dupla de protagonistas e para a coragem em pôr o dedo numa ferida, de certa forma, ainda aberta.
Foi mau demais e por muito que se queira esquecer será (sempre!) obrigatório reter… para NUNCA mais se repetir.

Sem dúvida uma obra interessante!

 

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