“Brave – Indomável” de Mark Andrews e Brenda Chapman

Comecemos pelo início… La luna.

Como nos tem vindo a habituar antes de cada nova obra, a Pixar brinda-nos, mais uma vez, com uma deliciosa e meticulosa curta-metragem que, no mínimo, vai deixar todos vocês nós com um ENORME sorriso na cara!
Não ganhou o Oscar mas isso quererá dizer apenas que The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore tratar-se-à de um (curto) filme deslumbrante!

Depois vem Brave, a História que percorre a (antiga) Escócia trazendo de volta os clãs, as tradições e uma irrequieta rapariga ruiva com uma enorme vontade… própria.

Do ponto de vista técnico não há, obviamente, nada a apontar a mais um brilhante trabalho do, agora, departamento de animação da Disney. Curiosamente, fica a ideia que nem todo o trabalho desenvolvido foi devidamente aproveitado. Isto porque grande parte da acção desenrola-se durante a noite ou no interior de edifícios. É uma pena, uma vez que da “amostra” as cenas ao ar livre são mesmo de um primor extraordinário!

Curiosamente o meu maior (mesmo que pequeno) senão relativamente à mais recente aposta da Pixar reside no seu argumento. A história per si carrega consigo a habitual qualidade (e moralidade) que a Disney nos habituou ao longo de décadas e décadas, no entanto, o desenrolar da acção acaba por revelar-se demasiado straight foward. Temporalmente, emotivamente e intelectualmente o rumo que o filme segue acaba por defraudar os espectadores mais exigentes.
Posso até estar a ser um pouco muito injusto mas não tenho culpa da Pixar nos ter habituado assim!

Merida, é este o nome da jovem princesa, tem a obrigação de se tornar numa prendada donzela, pelo menos é para isso que mãe a prepara. Porém, ela é mais feliz quando, de arco em flecha em punho, cavalga pelas terras emblemáticas de uma região praticamente virgem.
A sua irreverência, e o choque com a mãe, será irremediavelmente colocada à prova quando os 4 maiores clãs da Escócia (DunBroch, Dingwall, MacGuffin e Macintosh) se reúnem para cimentar a sua estreita relação. Mas Merida tem o seu próprio caminho… a percorrer.

É difícil (senão impossível!) não gostar de uma obra saída dos estúdios Pixar! A cada filme percebe-se, mesmo para um leigo, a imensa evolução concretizada em termos visuais. O detalhe, a grandeza e novos desafios atiram cada nova obra para níveis de qualidade impensáveis 2 ou 3 anos atrás.

Todavia, confesso, senti um certo amargo de boca ao sair da sala.
Esperamos sempre mais e melhor e por muito bom que o filme seja é não supera, no seu conjunto, obras anteriores da própria Pixar. Fica a nota…

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