“A Saga Twilight: Amanhecer – parte II (Breaking Dawn – part 2)” de Bill Condon
Mesmo de férias é difícil resistir…
Um ano, foi o tempo que tivemos de esperar para ver a conclusão de um fenómeno cultural (à escala mundial) que irá marcar definitivamente uma geração… basta ver a TV, a literatura juvenil e mesmo o cinema para perceber a sua influência na actualidade.
Porém, como tinha acontecido com Harry Potter, a divisão do último capítulo em 2 filmes acaba por revelar-se totalmente… desnecessária!
A única diferença é que em Deathly Hallows a primeira parte era um filme menor e redundante, especialmente quando comparado com o virtuosismo da 2ª parte, enquanto Breaking Dawn vale sobretudo pela metade inicial!
Neste filme, o enredo pode resumir-se numa frase: o duelo entre os Volturi e os Cullen! Pouco, muito pouco para um filme que prometia fechar com chave de ouro uma história “imortal”!
Depois de em Breaking Dawn – part I termos vivido alguns dos momentos mais dramáticos e intensos de uma história que apaixonou milhares (de adolescentes), com esta Parte 2 fica uma forte sensação de desilusão.
Isto não quer dizer que pelo meio não tenhamos alguns momentos bem conseguidos e extremamente competentes mas sabe a pouco perante as expectativas criadas. E deixa no ar, novamente, o propósito (economicista) destas cisões das versões escritas.
Kristen Stewart, Robert Pattison e Taylor Lautner encarnam (ao que tudo indica) pela última vez o papel de Bella, Edward e Jacob, respectivamente. Até aqui nada de novo.
Mas quem está também de volta é Michael Sheen, Dakota Fanning e os restantes membros da “casa real” dos vampiros para um ajuste de contas final!
Depois de surpreender pela positiva na primeira parte, Bill Condon (Dreamgirls) acaba por ser o principal responsável pelo relativo desinteresse deste segundo capítulo. Logicamente que o final é invariavelmente um momento preponderante em qualquer franchise mas, enquanto filme per si, este Part II não convence.
Tal como defendi após Deatlhy Hallows, seria (cnematograficamente falando) inquestionavelmente mais proveitoso a não separação do último capítulo em duas partes. Condensando toda a história num só filme teríamos ficado com uma obra bem mais completa e com o merecido clímax final.
Desta forma chega ao fim mais um franchise de imenso sucesso! Uma História que ficará na memória de todos (amantes ou críticos) mas à qual muito poucos conseguirão ficar indiferentes.
Terá, provavelmente, faltado aqui e ali um pouco mais de talento – e menos sensacionalismo – para valorizar um produto que pela imensa falange de seguidores que apresentava estava “condenado” a ser um enorme sucesso!
Do ponto de vista estritamente cinematográfico ficou um bom entretenimento que soube divertir e fazer sonhar muitos e muitos jovens e que seguramente será lembrado por muitos e muitos anos.
Não posso dizer que virei fã incondicional mas estarei bastante longe de ser um hater!!