“Fim de Turno (End of Watch)” de David Ayer
Depois do argumento de Training Day, David Ayer aventurou-se na realização com Harsh Times, Street Kings e, agora, End of Watch.
Em comum, todos os “seus” filmes seguem diferenças facetas e diferentes perspectivas da vida policial de LA! Com mais ou menos sucesso o realizador/argumentista do Illinois tem seguido uma linha coerente e cativante. conquistando o seu público e cimentando uma carreira bastante interessante. E se Ayer confirma pergaminhos não será alheio a recorrente qualidade dos elencos com que trabalha.
Desta vez, em frente das câmaras (e não só), temos Jake Gyllenhaal e Michael Peña dando vida a uma dupla de policias que apesar de percorrer diariamente as ruas de um dos mais perigosos bairros de LA, não perde a alegria e a descontracção do primeiro dia.
Já seria difícil haver rotina no seu trabalho mas para dar ainda mais emoção às situações onde se colocam, Brian carrega atrás de si uma microcâmara de video para documentar as suas experiências.
Esta artimanha do argumento permite ao filme colocar-nos bem no centro de toda a acção, pois as imagens e o som chegam-nos de todos os lados (e de todos os ângulos) e nos momentos mais inesperados!
Muitas vezes ao estilo shoot-out, toda a acção chega-nos bem de perto e facilmente somos levados a pensar que estamos com eles na esquadra, dentro do carro de patrulha ou mesmo em cada tiroteio.
É verdade que em termos de enredo nada de novo a acrescentar. O grande atributo do filme é mesmo a Montagem… há até quem já fale em possível (e MERECIDA!) nomeação aos Oscars deste ano!
Saltando de câmara em câmara toda a acção ganha especial credibilidade, aumentando (e muito) a intensidade e emotividade com que encaramos cada momento. Chega a fazer lembrar The Hurt Locker… neste domínio.
Não é nada de especial mas está igualmente (muito) longe de ser um filme a dispensar!
Gostei.