“Conspiração Explosiva (Welcome to the Punch)” de Eran Creevy
Os nomes dos protagonistas deixavam antever boas notícias. James McAvoy é um “miúdo” com muito talento e com um futuro risonho pela frente. Mark Strong é dos melhores atualmente a fazer de mau!
O submundo de Londres, tão explorado nos últimos tempos por cineastas como Guy Ritchie, William Monahan ou Matthew Vaughn, volta a ser o tema central de mais um policial notoriamente british.
Apanágio de todos os exemplos citados, o filme aposta num enredo bem construído, reservando aqui e ali uma ou outra surpresa bem engendrada. No entanto, na maioria das situações a história acaba por ser um pouco previsível de mais, vivendo sobretudo do carisma e naturalidade dos seus protagonistas.
Max (McAvoy) é um jovem e disposto polícia traumatizado por incidente com um dos mais conceituados criminosos londrinos, Jacob Sternwood (Strong), que o deixou ligeiramente incapacitado uns anos antes, principalmente a nível psicológico
Enquanto lida com o seu trauma, Max terá uma nova oportunidade para prender Jacob quando este regressa a Londres para tentar socorrer o seu filho. No entanto, à medida que os caminhos de polícia e vilão vão-se aproximando, as suas diferenças começam a ser colocadas em causa…
Pessoalmente, achei fascinante os primeiros 10m do filme. Ação, velocidade, cor, creatividade, num assalto ao bom estilo de antigamente. Porém, o resto do filme pouco tem a haver com essa cena inicial. Daí em diante a intriga sobrepõem-se ao espetáculo e o ritmo cai vertiginosamente, há exceção de um ou outro momento bem conseguido.
Talvez a expetativa criada tenha condicionado um pouco a opinião geral sobre o filme mas a verdade é que saí da sala com um gosto agridoce na boca. Em função do nome dos envolvidos e do enquadramento londrino da ação estaria à espera de algo ligeiramente diferente (e melhor).
Talvez a relativa inexperiência do realizador Eran Creevy – este é apenas o seu 2º filme atrás das câmaras – tenha-se notado, talvez…
De qualquer forma um bom policial, sem dúvida mais direcionado aos apreciadores da sua vertente mais intelectual do que visual.