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“Riddick – A Ascensão” de David Twohy


Pitch Black veio rotulado de filme de culto. A sua sequela, The Chronicles of Riddick, como dispensável. Não vi nenhum dos 2.

Vin Diesel regressa agora com Riddick, encarnando pela terceira vez a personagem do violento prisioneiro que vê no escuro. David Twohy ocupa novamente a cadeira de realizador porém, tudo indica que este é realmente um filme do ator de Fast & Furious. Pelo menos foi ele quem se atravessou com o dinheiro, de forma a garantir que a produção chegava a “bom porto”.

Neste contexto, é fácil perceber que as expetativas relativamente a este terceiro capítulo seriam bem baixas. Por muito respeito que os dotes (de ator de filmes de ação) de Vin Diesel nos deva obrigar, os antecedentes deste franchise não deixariam outro cenário.

A favor apenas o profundo desconhecimento perante este Riddick (a personagem), o que faz com que tudo – mesmo que não seja muito – nos soe a novidade e engenho. Contra a (falsa) ilusão de que há algo de diferente em Riddick (o filme).

Abandonado, para morrer, num planeta inóspito e aterrador, Riddick (Diesel) terá de “fazer das tripas coração” para conseguir sobreviver, dia após dia, entre as mais perigosas feras. Habituado a estas andanças e senhor de um espírito de sobrevivência invulgar, o antigo prisioneiro integrar-se-à como ninguém nesse mundo cão. Até que a sorte fará com que consiga atrair ao planeta um conjunto pitoresco de mercenários que vêm nele apenas uma choruda recompensa… mas Riddick tem outros planos!

Do ponto de vista visual o filme deixa muito a desejar. Facilmente percebe-se que os recursos disponíveis eram de alguma forma limitados e… não deu para tudo.
Ficou o conceito inicial do franchise e o esforço e dedicação dos envolvidos em criar um filme quase de série Z

Ao sair da sala (ou até antes) este terceiro capítulo das aventuras de Riddick fez-me lembrar os antigos Conan, protagonizados pelo tio Arnold. Muita pancadaria, monstros feios e esfomeados (tanto racionais como irracionais) e um pseudo-herói que no fundo, no fundo, só quer mesmo é salvar a pele.

De qualquer forma, acredito que os verdadeiros apreciadores do género não se sentirão de forma alguma defraudados. Mas é preciso ir com o espírito certo, ok?
Nada de entrar na sala com a expetativa de ir ver uma grande obra de fição científica ou de puro entretenimento!

Riddick, ou melhor Vin Diesel, não deixará os seus fãs mais puros (muito) defraudados mas, também, não vai fazer muitos amigos com este filme.

Quem sabe não fez o suficiente para garantir (financiamento para) uma sequela?

Site Oficial
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Trailer 2

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