“RIPD – Agentes do Outro Mundo (R.I.P.D.)” de Robert Schwentke
De forma sucinta pode-se dizer que R.I.P.D. é bem pior do que o primeiro e terceiro MIB e bem melhor do que o 2º. Porquê a obrigatória comparação com a trilogia Men in Black? Porque trocando aliens por alminhas perdidas, a história é EXATAMENTE a mesma!
Jeff Bridges “faz” de Tommy Lee Jones, i.e. é de rezingão. Ryan Reynolds de Will Smith, i.e. de novato. E cada uma das duplas diverte-se e (em certa medida) diverte-nos a caçar “monstros” que ameaçam a humanidade tal como a conhecemos. Nós, o comum dos mortais, não os vê – pelo menos como eles são na realidade – e vive totalmente alheada da batalha diária entre os bons e os maus.
Os “monstros” são feios e maus mas não assustam de forma afastar os mais novos. As armas podem ser “disfarçadas” de bananas e secadores de cabelo mas servem apenas para “exterminar” as almas perdidas. E, sem dúvida, que o melhor atributo (humorístico) vai para os alter-egos criados tanto para Roy (Bridges), como para Nick (Reynolds)…
Infelizmente todas estas comparações também ajudam a explicar que R.I.P.D. acrescenta muito pouco ao cinema (mesmo ao mais ligeiro!). Faltam ideias realmente inovadoras e para lá do inconfundível charme de Jeff Bridges – que parece estar a atravessar um dos melhores momentos da sua já longa carreira – mesmo os desempenhos soam a déjà vu.
Quanto ao enredo é bastante simples.
Nick é um policia de Boston que morre durante uma operação de captura de um perigoso traficante. A caminho do “julgamento final” Nick é recrutado pelo Rest in Peace Department, uma entidade “policial” que, do além, zela pela nossa existência.
A sua função? Garantir que as armas perdidas – por norma malta mal encarada – voltam para o céu (ou para o inferno) sem causar muitos danos.
Porém, enquanto tenta habituar-se à sua nova existência e ao seu novo e experiente parceiro (Bridges), uma terrível conspiração irá colocar em risco toda a humanidade!
Depois do sucesso que se revelou o 1º capítulo do inspirado(r) RED (e o ainda anterior The Time Travels Wife), Robert Schwentke teve luz verde dos estúdios – a Universal, neste caso – para fazer um blockbuster de aventura. Porém, algo correu irremediavelmente mal e o resultado final fica bem aquém dos suas anteriores obras. Infelizmente.
O entretenimento não é mau. A 1h30 de filme até passa a bom ritmo… mas não é suficiente.