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“A Chamada (The Call)” de Brad Anderson


Recordo-me, no início da primavera, de me ter chegado aos ouvidos algum buzz positivo a respeito deste The Call. Halle Berry, depois da dupla maldição do Oscar® e de bond-girl, enveredou por um percurso atribulado demorando a encontrar papéis e, sobretudo, filmes que a ajudassem a gerir uma carreira altamente promissora.

No final do ano passado Cloud Atlas dava indicações que o novo rumo estava encontrado, ainda assim confesso a inicial desconfiança perante este novo “sucesso”.

O maior elogio que se pode fazer à mais recente obra de Brad Anderson (The Machinist, Transsiberian) é que a 1ª hora é realmente fantástica. Recheada de ação, suspense, cadência e coerência, somos dirigidos a um ritmo infernal, interligando-se cena atrás de cena com imensa qualidade e… claustrofobia!

Os momentos partilhados ao telefone por Halle Berry e a jovem Abigail Breslin remetem-nos para obras eletrizantes como The Phone Booth, Disturbia ou Panic Room. Sentimo-nos realmente impotentes perante a situação criada e somos obrigados a apenas ver (em vez de agir!). O arrepio que sentimos na espinha é a prova máxima que o filme promete!

O senão é que a segunda parte do filme (a tal meia-hora final) esquece tudo o que vimos anteriormente e envereda por caminhos pouco recomendáveis. Percebe-se a intenção dos responsáveis em dar mais corpo à história ou às protagonistas mas o “preço a pagar” foi demasiado. Perdeu-se em consistência, adicionou-se alguns momentos fraquinhos e apesar da espiritualidade do desenlace final, fica a ideia que, por ventura, teria sido melhor eliminar esse último acto.

Seis meses depois de uma traumática experiência com “uma chamada” que correu mal, Jordan Turner (Berry), uma operador de chamadas de emergência, é confrontada com nova situação de vida ou morte. Uma jovem adolescente (Breslin) encontra-se encarcerada na mala de um carro e a chamada parece ser a sua única hipótese de salvação.

Tive realmente pena que o filme tivesse seguido para outras bandas. É verdade que com isso podemos aferir melhor a qualidade de, um até então oculto, Michael Eklund mas ponderados os prós e os contras, “não havia necessidade”… como diria o saudoso diácono Remédios.

De qualquer forma um filme que vale bem a pena ver no cinema, especialmente se entrarem na sala sem grandes expetativas… como nós!

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