“A Minha Vida Dava um Filme (Girl Most Likely)” de Shari Springer Berman e Robert Pulcini
Confesso que não tinha ouvido falar do filme até ele nos cair no colo, pelas mãos da Zon Audiovisuais. Vinha rotulado de comédia familiar, de filme ligeiro sem grandes ambições mas inteligente.
O “estranho” nome da dupla de realizadores podia não soaria muito familiar mas se lhe juntássemos American Slendor e The Nanny Diaries, já dava para ter outra noção de quem se tratam!
No elenco, saltava à vista Kristen Wiig, Annette Bening, Matt Dillon e, para as mais novas (e fãs de Glee), Darren Criss. Uma mistura difusa mas que garantia, aparentemente, o mínimo de qualidade.
Ainda assim, mesmo tendo em conta o nome dos envolvidos, foi com considerável desconhecimento de causa e zero expetativas que abordamos o filme.
Imogene (Wiig) é uma aspirante a autora (de peças de teatro) que vive na sombra do seu potencial… e do seu namorado, em plena Big Apple. Até que um peculiar incidente a vai obrigar a voltar para New Jersey, para casa da sua mãe (e do irmão) onde a loucura impera.
De volta ao “ninho”, Imogene terá de reaprender a conviver com a sua mãe (Bening), com o namorado dela (Dillon), o seu introvertido irmão e o jovem inquilino (Criss) que ocupa agora o antigo quarto dela.
O regresso ao passado em termos geográficos, vai proporcionar uma viagem introspetiva com consequências inesperadas.
Longe de ser uma obra mediática, este Girl Most Likely acaba por tocar em alguns pontos sensíveis das relações familiares, sempre com um toque bem humorado e terno. Temática cada vez mais recorrente no cinema ligeiro norte-americano, a crítica ao sucesso a qualquer custo, em detrimento da harmonia familiar, volta a assumir papel de destaque, ainda que disfarçada de comic relief.
Wiig tarda em alcançar no cinema a fama que a TV lhe gracejou (mesmo tendo em consideração Bridesmaids). Já Bening parece natural a fazer… qualquer tipo de papel. A senhora tarda em conseguir o seu Oscar® mas é daquelas atrizes que ficará para a história, no matter what!
Numa época em que chegamos a 14 estreias numa semana, o percurso deste Girl Most Likely não será fácil. De qualquer forma é simpático… e também não se pode exigir muito mais.
Eu por ser fã do Darren Criss e mega fã da série "Glee" já tinha ouvido falar do filme, vi e gostei.
Gostei do que vi, mas confesso que esperava mais. Não fiquei desiludido, apenas esperava mais.