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“Dá Tempo ao Tempo (About Time)” de Richard Curtis


Richard Curtis para assinar um filme desta categoria.

O realizador/argumentista neo-zelandês, um dos responsáveis por algumas das mais marcantes comédias românticas das duas últimas décadas (Four Weddings and a Funeral, Notting Hill, Love Actually), volta a assumir pleno protagonismo com um trabalho que tem tanto de surpreendente como de virtuoso.

Comédia, romance, família, amigos, inimigos, paixões, encontros e desencontros e… viagens no tempo(?), ingredientes mais do que suficientes para nos fazer rir, chorar, sonhar, pensar e apreciar uma história que mexe com todos nós!

Tim (Domhnall Gleeson) é um jovem inseguro, sem grande sucesso com o sexo oposto que vê a sua vida mudar por completo quando o pai (Bill Nighy) lhe revela que os homens da sua família têm a habilidade de… Viajar no Tempo.
Romântico incurável, Tim usa o seu “poder” para procurar o Amor, mesmo que isso lhe traga algures dissabores pelo caminho. Coração mole, o jovem não consegue deixar de (tentar) ajudar todos os que o rodeiam, mesmo que isso coloque em causa o seu percurso com a Mulher da sua Vida (Rachel McAdams).

Confesso que estava à espera de “outro” filme. Vá-se lá saber porquê (talvez do histórico do realizador/argumentista, talvez de uma qualquer expetativa infundada), estava à espera de algo mais grandioso ou revolucionário, algo mesmo em grande. Com um prenúncio tão imaginativo e com tal complexidade era para aí que apontava. Tão enganadinho que estava!

Porém, Curtis segue exatamente o caminho oposto e oferece-nos a “simplicidade”. Perante a imensidão de oportunidades e soluções, o filme acaba por centrar atenções no sentimento mais puro de todos, a(s) alegria(s) do nosso quotidiano. Richard Curtis é um exímio contador de histórias, se dúvidas houvessem!

Gleeson e McAdams funcionam muito bem, especialmente pela ingenuidade que ele transmite e pela genuinidade que ela nos passa. Ainda assim, Nighy acaba por roubar grande do protagonismo ao jovem casal. A jovialidade, carisma, sinceridade e paixão da sua personagem é uma ENORME lição de vida para muitos de nós!

O único senão é mesmo a complexidade dualidade das viagens no tempo. Tim tem a habilidade de voltar atrás no tempo para alterar um dado detalhe e Tim tem a habilidade de voltar atrás no tempo e viver tudo novamente… e cabe a nós perceber qual a sua opção a cada viagem. Às tantas fiquei (ligeiramente) confuso.

É uma doçura de filme, é um prazer incomensurável, é uma bela história.
Há muito tempo que não víamos uma comédia romântica deste calibre!

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