“Divergente (Divergent)” de Neil Burger
Shailene Woodley a seguir as pisadas de Jennifer Lawrence.
Parece-me uma boa ideia!
Depois da nomeação ao Golden Globe® de Melhor Atriz Secundária (por The Descendants) a jovem californiana assume agora o papel de heroína num franchise (uma trilogia, pelo menos) destinado aos mais jovens.
Igualmente baseado num conjunto de livros de imenso sucesso à escala mundial (neste caso da autoria de Veronica Roth), Divergent tem bastante em comum com The Hunger Games. Num registo quiçá mais modesto e juvenil mas a temática da opressão, heroísmo e feminilidade é bastante similar.
Agora as diferenças.
Num mundo dividido em 5 fações concorrentes mas socialmente respeitadas entre si, uma jovem rapariga é colocada perante o maior dilema da sua vida “escolher qual a sua verdadeira vocação”.
Abnegados, Intrépidos, Eruditos, Bondosos e Cordiais, a qual dos 5 grupos ‘pertence’ Tris Prior (Woodley).
De forma a manter a paz e a harmonia, a sociedade separa os indivíduos de acordo com a sua personalidade, dando aos mais jovens apenas uma oportunidade para encontrar o seu caminho.
E se não for possível escolher, e se a dúvida persistir e se alguns forem… Divergentes?
São estes os princípios base da trilogia agora iniciada pelas mãos de Neil Burger. O realizador de Limitless e The Illusionist não corre grandes riscos, optando por uma postura bastante passiva e neutra, deixando que a história siga o seu rumo de forma natural e concisa.
A legião de fãs é imensa (mesmo em Portugal!) – aliás não me recordo de tamanha comoção e apreço num final de filme desde o primeiro Twilight – por isso nada como jogar pelo seguro e garantir a fidelidade do público (para os próximos capítulos).
Cinematograficamente falando, não se pode concluir que esta adaptação seja, de facto, um grande filme. Faz o suficiente para nos manter (des)informados quanto ao rumo da história, apimenta a tela com uma ou outra pincelada de romance e alguns truques de ação mas não cativa ao ponto de funcionar per si.
É óbvio que todos nós antes de entrarmos na sala já estávamos conscientes que isto é apenas o começo (de uma longa história) mas não basta morrer uma ou outra personagem para acreditarmos no princípio, meio e fim que nos é apresentado.
O casal foge em direção ao pôr do sol, qual western revivalista, mas nós acabamos por seguir com eles mais por curiosidade do que por convicção…
Segue-se Insurgent em 2015, e depois as duas partes de Allegiant.
Sim porque, hoje em dia, trilogia que se preze tem direito a 4 filmes!
Eu gostei muito do filme 4*