“Nunca Digas Nunca (And So It Goes)” de Rob Reiner
O filme pode ser bom, mau ou assim-assim mas qualquer 1h30 passada na companhia de Michael Douglas e Diane Keaton é sempre bom (entretenimento).
Os dois veteranos atores partilham (pela primeira vez) a tela para uma comédia simpática e caseira. Douglas faz de rabugento, Diane de choradeira e nós de eternos agradecidos pelo talento de ambos. O filme não aquece nem arrefece, tem os seus momentos bons e outros de assaz desinteresse mas a qualidade está lá.
Douglas parece totalmente revigorado dos problemas de saúde que o afetaram no passado recente. Depois do seu magnífico desempenho em Behind the Candelabra, o veterano ator prepara-se inclusive para se estrear nos filmes de super-heróis (em Ant-Man da Marvel). Ou seja, vende saúde… e talento.
Já Diane prossegue o seu rejuvenescimento cinematográfico, dedicando.se a simpáticas comédias onde os mais maduros assumem um protagonismo há uns anos impensável em Hollywood. E ainda bem porque continua a ser um encanto vê-la na grande tela.
Oren (Douglas) não é senhor para muitos amigos. Para lá da sua colega de trabalho de longa data ninguém parece conseguir aturar o seu humor ácido… e não é difícil perceber porquê! Mas tudo parece estar a mudar (ou a ficar ainda pior) quando o seu filho o procura com um pedido de ajuda desesperado. Sem feitio, jeito ou vontade para cuidar da sua neta, Oren recorrerá à boa vontade de Leah (Diane) para o ajudar nessa árdua tarefa. E, claro, pelo caminho ele não deixará de “arrastar a sua asa” para a sua carente vizinha.
Rob Reiner já foi um realizador “da moda”. A Few Good Men, When Harry Meets Sally…, The American President, não se pode dizer que os anos 90 não tenham sido simpáticos para com o realizador nova-iorquino. Entretanto a idade foi moldando o seu olhar e depois do tocante The Bucket List, esta é a sua segunda incursão pela “terceira idade”. E não se pode dizer que se esteja a dar mal.
Cinema para todas as idades que se vê bem numa matiné de domingo ou num serão de sábado à noite.