“Armados em Polícias (Let’s Be Cops)” de Luke Greenfield
Se Something Borrowed era um poço de defeitos da inexperiência cinematográfica de Luke Greenfield, este Let’s Be Cops é o fruto (proibido) dessa inocência.
A vida não tem sido fácil para o jovem realizador nova iorquino – um pouco à imagem da sua (nova) dupla de protagonistas – mas tudo parece estar a mudar… para bem melhor!
Filme sensação nos EUA, este buddy cop film em versão comédia faz lembrar, pelas melhores razões, duplas de tanto sucesso como Gibson/Glover, Tucker/Chan ou Nolte/Murphy. A única GRANDE diferença é que Jake Johnson e Damon Wayans Jr., ou melhor Ryan e Justin, nem policias chegam a ser. Ou mais ou menos isso…
Mais comédia do que policial, uma e outra acabam por se confundir de forma competente e escorreita mesmo que a dupla esteja bem mais preparada para o lado mais ligeiro da questão. Nesse capítulo nada a apontar. Momentos de puro entretenimento e algumas boas gargalhadas, mesmo perante a inevitável loucura que acompanha o género em terras do tio Sam. Já no campo policial o enredo deixa um pouco a desejar. Alguma previsibilidade e outros tantos exageros mas que acabam bem disfarçados perante a dinâmica e cumplicidade dos protagonistas.
Desalentados pelo rumo das respetivas vidas, Ryan (Johnson) e Justin (Wayans) estão disposto a tudo para recuperar ‘o norte’. Disfarçados de polícias para um baile de máscaras, os dois amigos de longa data acabarão por terminar a noite deambulado pelas ruas de Los Angeles e confundidos, por toda a gente, por polícias de verdade. O “sucesso” desse acaso fará com que ambos voltem a “usar a máscara” nas noites seguintes, até que o hobbie se torna um pouco perigoso demais. Confundidos por polícias a sério, Ryan e Justin serão “forçados” a tomar medidas extremas!
A dupla de protagonista demonstra boa química, no entanto, fica ainda aquém dos nomes mencionados anteriormente. Talvez para um público mais jovem que não teve o prazer de assistir no cinema a Lethal Weapon, Rush Hour ou 48 Hours a sensação seja totalmente nova, para os demais serve, acima de tudo, para sentir saudades.
É uma comédia norte-americana, com certeza, mas que consegue manter o nível mesmo no fim da navalha… do bom gosto. E por isso merece o nosso apreço e adesão.