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“O Juiz (The Judge)” de David Dobkin


Se conseguir convencer a Academia a indigitá-lo como Ator Secundário pela sua participação neste como The Judge, Robert Duvall pode muito bem almejar a sua 7ª nomeação aos Oscars, pelo menos.

O trabalho de Robert Downey Jr. é, como sempre, de grande categoria. Num misto de sério, louco e engraçado, Hank Palmer é uma personagem riquíssima e surpreendente… como só o ator nova-iorquino consegue ser.

Juntos Duvall e Downey Jr. levam-nos ao desespero. Pouco sabemos das suas personagens, muito menos do que (n)os espera, apenas que o confronto será inevitável e latente. Um Juiz e um Advogado levaria-nos a deduzir que estamos perante um filme de tribunal – género recorrente no cinema norte-americano – mas isso é apenas o início (ou, para ser mais exato, o fim).

Hank Palmer (Downey Jr.) é um bem sucedido advogado, famoso por defender e ilibar abastados criminosos. A morte da sua mãe irá obrigá-lo a regressar à sua terra natal onde o seu pai (Duvall) – com quem Hank mantém uma relação, no mínimo, tensa – é considerado uma entidade suprema, fruto de décadas de serviço à comunidade como Juiz no tribunal local. O luto marcará apenas o início de uma estadia que acabará por colocar pai e filho no banco dos réus.

Para além do brilhantismo do desempenho dos 2 protagonistas – especialmente Duvall, como vimos anteriormente – referência para a presença de Vera Farmiga, num figurino quase irreconhecível, e de Billy Bob Thornton, num tom bem mais sério do que o habitual. Sem dúvida um elenco de primeira linha.

De qualquer forma, a grande revelação acaba mesmo por ser David Dobkin. Talento e currículo não faltam ao realizador natural de Washington, D.C., mas The Change-Up, Fred Claus e o hilariante, Wedding Crashers, estariam longe de ser o prenúncio esperado para este intenso The Judge. A comédia pode ter perdido um dos seus mas o cinema ganhou um realizador com imenso potencial.

Todos os indícios apontariam para um debate de argumentos e pontos de vista na barra do tribunal, no entanto, o filme é bem mais humano e tradicionalista destacando o eterno regresso do filho pródigo (ou nem tanto) e as particularidades da convivência familiar.

Algumas surpresas bem guardadas, garantem o nosso estado de alerta permanente e o nosso regozijo (ainda que doloroso) perante o desenrolar da história.

Um filme competentíssimo que marca da melhor forma a estreia da Team Downey, a produtora criada, recentemente, por Robert e a esposa, Susan.

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  1. Este filme dirigido por David Dobkin, é muito bom, eu gostei do começo ao fim. Eu acho que esse diretor detém um excelente trabalho e se preocupa com todos os detalhes que fez o filme com Robert Downey Jr. eu acho que é um pouco lento, mas se ele recebe a devida atenção desde o início parece um filme realmente grande .

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