“Caminhos da Floresta (Into the Woods)” de Rob Marshall
Os musicais já estivera mais na moda.
Nos tempos idos era um género maior do cinema norte-americano, rivalizando com o western pelo título de mais popular… pelo menos por terras de Oncle Sam.
Nos últimos anos não têm faltado exemplos (Moulin Rouge, Chicago, Dreamgirls, Nine, Mamma Mia!, Les Misérables) que confirmam que o género não está morto – bem pelo contrário, recomenda-se!
Agora chega a vez da Disney se aventurar no género, num filme de imagem real. Claro que nem tudo foi “às cegas”. Como base para o argumento, James Lapine utilizou, nada mais, nada menos, do que diversas histórias do imaginário infanto-juvenil de todos nós.
Assim, Cinderela, Capuchinho Vermelho, João Pé-de-Feijão, Rapunzel, Lobo Mau, o(s) Príncipe(s) Encantado(s) e, naturalmente, a Bruxa Má ganham nova vida, conjugando o que já conhecemos como novos desenlaces e algumas novas personagens.
Na Floresta, por entre Caminhos sombrios e perigosos várias histórias se interligarão, sempre com muita cantoria a animar cada decisão, reflexão e imposição,
No centro da intriga Meryl Streep.
A mais fantástica atriz de todos os tempos, dá corpo à Bruxa Má que despoleta toda a intriga e reviravoltas. Não será o mais emblemático dos desempenhos (ou das personagens) mas não deixa de ser um prazer assistir a todos os seus maneirismos.
Emily Blunt, Anna Kendrick, Chris Pine, James Corden e Johnny Depp, completam o elenco, reescrevem alguns dos mais reconhecidos contos de fadas, dando nova vida – uma bem mais animada – a histórias que fazem parte do imaginário de todos nós. Na Floresta todos os Caminhos se cruzam e só há duas saídas, cantar ou… encantar!
O argumento é primoroso. A forma como as diferentes histórias se vão desvendando é, no mínimo, pitoresca. Já a música… bem, aí o consenso é mais difícil!
Talvez num palco as melodias (repetitivas) funcionem melhor, criando uma consistência e uma união que permite ao espetador mais facilmente apreciar o conjunto. No cinema soa apenas a… repetitivo.
O conceito (de reinventar e interligar os contos dos Irmãos Grimm) é realmente refrescante, a abordagem competente mas o resultado final fica bastante aquém do esperado.
Faltou algo. Ficou a ideia,