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“Chefes Intragáveis 2 (Horrible Bosses 2)” de Sean Anders


Decididamente uma das melhores comédias do ano (pelo menos no que ao made in USA diz respeito)!

As sequelas são sempre um campo perverso no que ao cinema norte-americano diz respeito e, então, no género cómico resumem-se, por norma, à repetição exaustiva da fórmula de sucesso do filme anterior… invariavelmente com menor critério e bom gosto.

É por isso que quando surge um Horrible Bosses Dois, as expetativas começam bem em baixo. Desconfiança seria um eufemismo, mesmo perante a adição de Christopher Waltz e Chris Pine e o regresso dos demais protagonistas do primeiro capítulo.

Porém, algures no talento (duvidoso) de Sean Anders – lembremos que o realizador/argumentista esteve envolvido em filmes como Dumb and Dumber To, We’re the Millers ou That’s My Boy – surgiu uma visão, um enredo, um critério (bem mais apertado do que seria expectável) e um conjunto de piadas certeiras. É verdade que o espírito de heist movie ajuda (e de que maneira) à avaliação global mas, confesso, não ria assim há vários meses.

Jason Bateman, Jason Sudeikis e (sobretudo) Charlie Day estão irrepreensíveis no regresso ao trio de desafortunados assalariados. Parecem bem mais confiantes nos seus papéis, a cumplicidade é por de mais evidente e o gozo que tiram de cada cena é evidente. Se juntarmos a isto algumas surpresas bem congeminadas e o estado de espírito certeiro para o género temos um ótimo entretenimento.

Depois da conhecida tentativa de assassinarem os seus chefes, Nick, Kurt e Dale (Bateman, Sudeikis e Day, respetivamente) aventuram-se, agora, por conta própria graças a uma patente revolucionária (ou nem tanto… mas tudo bem!). O problema é que logo no primeiro negócio são enganados por um empresário sem escrúpulos (Waltz) que os coloca à beira da falência. Sem outra solução, os três amigos decidem raptar o filho do empresário (Pine)… com a mesma mestria demonstrada no primeiro filme!

Não há nada de extraordinário neste Horrible Bosses 2, no entanto, a verdade é que o filme funciona muito bem, fazendo rir como poucos este ano (especialmente se deixarmos de parte o cinema europeu), deixando-nos com uma tremenda dor no maxilar. São pequenas coisas, breves momentos, frases precisas, expressões (faciais) que dizem mais do que longas linhas do argumento e que fazem rir (às gargalhadas)!

Soube-me tão bem!

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