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“A Teoria de Tudo (The Theory of Everything)” de James Marsh


A dada altura tive “esperança” que The Theory of Everything fosse um filme merecedor do quíntuplo maravilha: Filme, Realizador, Ator, Atriz e Argumento.
As nomeações estariam garantidas e a concorrência parecia permitir tal façanha mas quando falhou a nomeação a Melhor Realizador nos Oscars, os alarmes começaram a soar.

James Marsh já tem uma estatueta em sua casa pelo brilhante Man on Wire, o documentário (que vai virar filme) que contava a obra-prima de Philippe Petit e a sua travessia das Torres Gémeas.
Seis anos volvidos o realizador inglês volta às luzes da ribalta com mais uma história verídica, ainda que desta vez com direito ao “tratamento BBC”.

Não querendo parecer demasiado crítico com o trabalho de Marsh – bem pelo contrário – mas contrariando as expetativas criadas a realização acaba por ser um dos pontos menos bons do filme. Demasiado preso, sem brilho e previsível, a maior virtude da realização foi mesmo dar a Eddie Redmayne toda a liberdade para o “desempenho de uma vida”.

O jovem ator inglês tem conquistado prémios um pouco por todo o lado e não parece haver contestação possível. A sua personificação de Stephen Hawking é, de facto, brilhante. Não é só uma questão de transfiguração física ou emocional, é uma oportunidade de ouro que é transformada num tremendo e inesquecível desempenho.

Acompanhamos a vida do brilhante académico Stephen Hawking (Redmayne). Os seus tempos de universidade, o início da sua relação com Jane Hawking (Felicity Jones) e, sobretudo, a sua dolorosa, corajosa e inspiradora luta contra uma doença devastadora.
Isso são, basicamente, os primeiros 30 minutos. Depois ficamos a conhecer a lado mais humano, revolucionário e transcendente de uma figura ímpar, por muitos considerado o Homem mais inteligente do mundo. Alguém que apesar das suas limitações, foi/é uma das mentes mais revolucionárias do nosso tempo.

The Theory of Everything não é um grande filme, cinematograficamente falando. É, sim, o retrato sincero e preciso (q.b.) de um homem (e da sua esposa) que merece ser conhecido e estimado por todos. Alguém que recusou render-se perante um destino implacável e brutal e que, acima de tudo, demonstrou que a esperança, perseverança e o engenho humano podem ultrapassar (quase) tudo.

Foi um prazer “conhecê-lo”.

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