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“Taken 3” de Olivier Megaton


É tanto o sucesso de Liam Neeson como ator de ação e de Taken como franchise do género que as sequelas parecem (quase) obrigatórias!

Neeson teria garantido que seria a última incursão por Bryan Mills – até os produtores fizeram questão de utilizar o tagline It Ends Here” – porém o resultado do filme nas bilheteiras (e perante os fãs) parece que vai obrigar mesmo o ator norte-irlandês “a dar o dito, por não dito”. Quanto aos produtores, esses não se queixam, com certeza.

O francês Olivier Megaton regressa, igualmente, à cadeira de realizador. No entanto, depois de seguir as linhas mestras de Pierre Morel (responsável pelo capítulo original) no anterior filme, desta vez, o realizador francês constrói uma narrativa diferente, convida novos intervenientes e explora, à sua maneira, o “conjunto de competências únicas do seu protagonista”.

Não há mesmo muito que enganar. Liam continua a “distribuir pancada” como poucos, a sua personagem continua a (tentar) proteger os seus da melhor forma que sabe e nós não conseguimos deixar de apreciar mais um exemplo vivo de que o cinema de ação não tem género, nem número, nem grau.

Destaque ainda para a adição de Forest Whitaker ao elenco do filme (e ao franchise, segundo consta). É daqueles atores que parece nunca ter encontrado o seu espaço (exceção feita ao magnífico desempenho em The Last King of Scotland) mas que, vezes sem conta, volta a lembrar-nos de todo o seu talento e carisma. A sua contribuição é bastante limitada neste Taken 3 mas quem sabe o que o futuro lhe reserva. Bem merece.

Os anos passam por todos e a jovem adolescente (Maggie Grace) que foi salva pelo seu pai em Paris, é agora uma mulher ‘casada’. A sua mãe e o seu pai, agora separados, continuam bons amigos mas tudo irá mudar quando Bryan Mills (Neeson) é incriminado pelo assassinato da sua ex-mulher (Fanke Janssen). Para comprovar a sua inocência, ele é obrigado a iniciar a sua própria investigação, mesmo que para isso se tenha de tornar fugitivo da polícia de LA,… do FBI e da CIA.

A fantástica premissa que fez de Taken um fenómeno inesperado é definitivamente abandonada, ‘restando’ um conjunto de personagens (e de atributos) que continuam a agradar aos muitos fãs do franchise.
É verdade que o terceiro capítulo não traz nada de realmente novo (para o género) mas dá liberdade a Liam Neeson – e de certa forma a Bryan Mills – para redescobrir-se e para convencer alguns mais distraídos da sua perícia e talento (para o género).

Não chega a superar o capítulo original mas acaba por ficar uns furos acima a anterior sequela… motivo mais do que suficiente para ter esperança em novos capítulos.

Quanto a Liam, algo me diz que continuará, nos próximos tempos, a explorar esta sua veia mais física… pelo menos Run All Night (que o volta a reunir com o realizador catalão Jaume Collet-Serra) já está prontinho a estrear.

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