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“Whiplash – Nos Limites” de Damien Chazelle


Num ano em que o cinema independente (norte-americano) “invadiu” a temporada de prémios, Whiplash é, muito provavelmente, a maior revelação do ano.

A maior ou as maiores.
Depois de largos anos a fazer papéis de composição, J.K Simmons tem aqui um dos grandes desempenhos do ano… e a partir do momento que conseguiu ser “encaixado” na categoria de ator secundário, foi um tal de acumular prémios.
A outra revelação, muito menos falada, foi Miles Teller. O jovem ator de 21 & Over, That Awkward Moment e futuro Mr. Fantastic (Four) acaba, verdade seja dita, por ser ofuscado por Simmons mas, ainda assim, não deixa de demonstrar um inesperado e promissor talento.

Quando um jovem e ambicioso aspirante a baterista (Teller) se depara com o método pouco recomendável do seu instrutor (Simmons) e responsável pela banda (de jazz) do conservatório onde estuda, o confronto é inevitável.
O balanço de forças é fortemente desigual mas aos poucos a personalidade de cada um vai-se moldando ao ponto de chocarem… de frente! E faz, faísca.

É um filme de atores, de grandes desempenhos, de palco. Uma obra que (e)leva a música para outro nível. Uma obra que faz dos bateristas, dos músicos, dos profissionais de uma qualquer banda, conjunto, agrupamento ou orquestra, seres-humanos emotivos, distintos, dedicados e resolutos.

Mas o jovem Damien Chazelle não se limita a oferecer-nos este duelo de atores. Fruto de um ritmo incessante e de um vibrante acompanhamento musical, acabamos por fazer parte desse duelo e a dada altura quando somos confrontados com os argumentos de cada uma das partes, confesso, não foi fácil separar os “bons” dos “maus”. Essa ambiguidade, tão bem transposta em sons e movimentos, é o grande segredo deste Whiplash…. e da sua resolução vive um filme que, à primeira vista, poderia parecer corriqueiro.

O jazz nunca pareceu tão cool, tão vísceral, tão sangrento, tão viril.

O único senão é mesmo a ausência do background de ambas as personagens. Aliás, um dos momentos reveladores do filme é quando Andrew e o seu pai (Paul Reiser) almoçam com a demais família e ao fim de cinco minutos percebemos a real motivação do jovem… e a origem das suas incertezas. Faltou, em nosso entender, mais. E Melissa Benoist que o diga.

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  1. Concordo em parte, pois o Miles esteve à altura e merecia ter sido nomeado ao Oscar.
    "Whiplash – Nos Limites" é um filme que me agradou bastante e recomendo que o vejam e a realização, o argumento e o elenco desta película cativaram-me.
    "Whiplash – Nos Limites" demonstra que para sermos os melhores em algo que amamos temos de nos esforçar, temos de nos pressionar e temos de ir ao limite e é bem representado no filme.
    4*
    Está convidado(a) a ler a análise completa em: http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/03/whiplash-nos-limites.html
    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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