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“Faz-te Homem (Get Hard)” de Etan Cohen


Kevin Hart continua a pulso a construir a sua carreira como comediante… mas não me parece que seja este o caminho.

Depois de ter deixar boas referências em The Wedding Ringer, o ator afro-americano regressa às salas de cinema nacionais volvidos apenas 2 meses, só que desta vez o seu parceiro (no crime) é Will Ferrell! Ou seja, o bom gosto e a decência não são para aqui chamados!

O ponto de partida tem o seu quê de promissor. Um endinheirado “menino da mamã” é condenado a 10 anos de prisão por fraude e desvio de capitais. Sem qualquer hipótese de sobreviver numa prisão (ainda para mais de alta segurança) ele irá contratar uma espécie de personal trainer (afro-americano) para prepará-lo para a vida no cárcere.

Recheados de estereótipos gastos e usados, o filme até se leva bem graças ao esforço hercúleo de Hart, o problema é quando Ferrell assume maior protagonismo e o chavascal passa a ser a “ordem do dia”! Os excessos acumulam-se, a banalidade toma conta do filme e nós somos obrigados a aguentar até ao acender das luzes.

James King (Ferrell) tem a vida perfeita. Uma carreira de sucesso, um casarão gigantesco, está prestes a casar com a filha do seu patrão e ainda um ou outro talento mais recôndito. Mas quando a justiça o condena a uma longa estadia atrás das grades, o seu mundo desmorona.
A sua última salvação poderá ser o esforçado Darnell Lewis (Hart). Responsável pela limpeza da frota da carros da empresa, Darnell irá, fruto do mais antigo dos preconceitos, “treinar” James para a vida de presidiário. O problema é que o pai de família e marido zeloso tem tudo menos experiência como bandido…

É realmente uma questão de foco. Enquanto Hart é o protagonista acabamos por simpatizar com a sua ingenuidade, capacidade de improvisação e dedicação mas quando o seu parceiro assume as rédeas do filme, os exageros (de mau gosto, incoerência, maluqueira) passam a ser triviais e acabamos por nos desligar do filme.

Apesar de alguns momentos promissores, Etan Cohen (não confundir com Etan Coen) não parece ter força para impor a sua vontade acabando subjugado pelo poder dos demais intervenientes.

É pena… mas não há como fugir.

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