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“Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road)” de George Miller


Praticamente 35 anos separam Fury Road do Mad Max original. Uma vida. Literalmente.

O mais incrível da nova versão do polícia maluco é o facto de George Miller representá-lo exatamente como seria expetável.
Mad Max faz parte do imaginário de todos e cada um de nós (cinéfilos), pelo que devem existir milhares de ideais de como a personagem deveria ser retratada em pleno século XXI. Só não precisava de ter acertado TANTO.

Ajuda, e de que maneira, o facto de Miller ter sido o responsável pela trilogia inicial. O realizador australiano ganhou inclusive um Oscar® (de Melhor Filme de Animação com Happy Feet) mas o futuro árido e pós-apocalíptico que transformou Mel Gibson numa estrela da 7ª arte, continua a ser a(o) menina(o) dos seus olhos. Felizmente!

Fury Road, dá nova vida a um anti-herói mortífero, implacável e solitário. Rodeado de desespero, loucura, sede e morte, ‘Mad’ Max (Tom Hardy) procura salvar a sua pele e reencontrar alguma paz interior. Só que os seus planos acabam ferozmente abalados quando o seu caminho se cruza (ou embate de frente, melhor dizendo) com a da Imperatriz Furiosa (Charlize Theron). A bordo de uma “máquina de guerra”, por entre os mais inóspitos cenários e lutando contra uma força desmesurada (e louca) um compromisso de honra é a única garantia que ambos podem oferecer.

Tal como acontecia há 3 décadas atrás, a eloquência de Mad Max (o franchise) está na brutalidade com que conjuga reflexões contundentes à cerca da mais visceral natureza humana, com cenas de ação mirabolantes e estonteantes. Imagem, som, caracterização, duplos, efeitos especiais, imaginação, loucura transformaram um anti-herói australiano num justiceiro dos nossos tempos.
Como bónus temos uma heroína diferente, em mais do que um sentido, mas não vamos entrar em grandes detalhes para não estragar a “festa”!

Sem dúvida nenhuma que é para este tipo de filmes que o IMAX 3D foi criado. A amplitude da experiência é de tal forma avassaladora que o mínimo que se pode dizer é que chegamos ao final do filme, literalmente, cansados. O ritmo incessante, as acrobacias, a história, os cenários e um som eletrizante ocupam os nossos sentidos de forma permanente. Ao ponto de se começar a falar em nomeações aos Oscars® (nas categorias técnicas, subentenda-se).

O único senão está na simplicidade da história contada. Percebe-se que a explicação de tudo o que rodeia os “novos” protagonistas obrigaria Mad Max ao formato televisivo (com várias temporadas) mas, pessoalmente, continuo a estranhar enredos tão directos e instantâneos. Ou talvez seja tão bom (o filme) que queremos mais e mais e mais.

Bem, pelo menos a sequela já estará alinhavada.
Com o sugestivo título de Mad Max: Furiosa… e mais não digo.

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  1. Mad Max: Estrada da Fúria: 4*

    O filme tem efeitos visuais bastante bons e competentes, mas peca por ser grande demais.
    Eu gosto de todos os filmes de Mad Max à mesma medida, bem que poderiam repor os outros em cinema durante uns dias.
    Cumprimentos.

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