“Um Ritmo Perfeito 2 (Pitch Perfect 2)” de Elizabeth Banks
A história deste franchise é, em si mesmo, um belo enredo para um filme da série. Quando estreou em 2012, Pitch Perfect passou praticamente despercebido. Alguns comentários positivos, umas músicas que entravam no ouvido e… pouco mais.
Também nós, imbuídos pelo espírito coletivo (e por outras questões pessoais), acabamos por deixar passar a oportunidade de ir vê-lo ao cinema, para o descobrir, finalmente, cerca de um ano depois, no conforto do lar.
Curioso é que esse fenómeno não se restringiu ao Doces ou Salgadas?. Foram muitos e muitos a “imitar” esse comportamento, transformando o filme (e a banda-sonora) num sucesso de Home Cinema. Ao ponto da sequela(s) se tornar(em) obrigatória(s)!
E chegamos a Pitch Perfect 2.
A generalidade do elenco está de regresso, com especial destaque para Anna Kendrick e Rebel Wilson. O filme conta, ainda, com a adição de Haille Steinfeld – que curiosamente já tinha dado nas vistas recentemente nestes filmes de cantorias (Begin Again) – voltando a explorar esse frutuoso mundo dos campeonatos de ‘à capela’.
3 anos volvidos da reunião de Beca (Kendrick) com as Barden Bellas, o grupo não poderia estar mais unido e feliz… até que um mediático incidente irá colocar em causa a própria existência da fraternidade.
Assim, ao mesmo tempo que as meninas se preparam para deixar a faculdade e entrar no mercado de trabalho, têm de unir esforços (uma última vez) para manter viva a tradição do grupo e garantir o seu lugar na posterioridade.
A história é simples, o enredo elementar mas as músicas e o tom divertido e positivo do filme acabam por compensar (todo e) qualquer percalço. Tal como acontecia no primeiro filme, é praticamente impossível permanecer estático e mudo na cadeira de cinema. Consciente ou inconscientemente lá acabamos a cantarolar as músicas que todos nós conhecemos, logo desde a fanfarra da Universal (durante o genérico de abertura)!
Ainda que recuperando muitos dos trunfos do primeiro filme e seguindo um estilo bem norte-americano (contra o resto do mundo), a formula volta a resultar em pleno. Elizabeth Banks saltou para trás das câmaras e não se pode dizer que se tenha saído mal – pelo menos nas bilheteiras. Para além que a sua dupla com John Michael Higgins continua a pontuar todo o filme com assaz irreverência e pertinência.
Dificilmente Anna Kendrick estará de regresso para novas aventuras das Barden Bellas mas Wilson e Steinfeld e as suas Fat Amy e Emily parecem talhadas para dar seguimento a um franchise em pleno crescimento. Como referência, Pitch Perfect 2 faturou mais no fim-de-semana de estreia nos EUA do que o seu antecessor em todo o seu percurso comercial por terras de Uncle Sam. Gotcha!
NOTA: No Box Office nacional, o filme registou apenas uma ligeiríssima subida face ao primeiro capítulo. è uma pena, e realmente estranho, principalmente para quem pode assistir ao ambiente efervescente durante a antestreia do Porto.
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