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“Exterminador: Genisys (Terminator Genisys)” de Alan Taylor


Puxemos, então, a ficha um pouco atrás.

1984: James Cameron inicia o seu percurso pelas luzes da ribalta da 7ª arte com um modesto mas imponente filme de ficção científica. Como protagonista um jovem austríaco (ex-Mr Universo) que 2 anos antes tinha dado nas vistas como Conan the Barbarian.
1991: Foram necessários 7 anos e inacreditáveis avanços nos efeitos especiais para Cameron voltar a Terminator. E acontece CINEMA! Um dos grandes e revolucionários filmes de ficção-científica do final do século passado. Entretanto Schwarzenegger era já uma estrela de Hollywood e passa de vilão a herói, apenas com um piscar de olhos!
2003: Quase 20 anos depois, a trilogia encerra-se. Arnold é o único resistente e poucos se recordarão do filme.
2009: O Governador da Califórnia está em plenas funções e o franchise (que anda de mão em mão) segue um novo rumo. Christian Bale, Sam Worthington, Helena Bonham Carter, Bryce Dallas Howard são as “cabeças de cartaz” mas algo não corre pelo melhor.
2015: (Mais de) Trinta anos volvidos, a história volta a ser contada! And “He’s Back!” Terminado o seu mandato, Schwarzenegger volta ao papel de protagonista em Hollywood. São muitos os projetos em carteira. Terminator parece ter esperado por ele todos estes anos.

Esgotado o enredo inicial, Genisys reescreve a história da Skynet e do dia do Julgamento Final. John Connor, Sarah Connor e Kyle Reese voltam a partilhar a tela com o imortal Exterminador, ainda que este assuma, agora, um papel bem mais paternal.

Começamos no futuro, precisamente no momento em que o Exterminador original e Kyle Reese (Jai Courtney) se preparam para regressar a 1984. Mas algo está, definitivamente, diferente.
O dia do Julgamento Final, a Skynet, John e Sarah Connor, o Terminator, nada é como de antes. Alguém, algures, por alguma razão, adulterou o passado que conhecemos e enquanto os dogmas de uma história contada vezes sem conta vão caindo aos poucos, nada mais resta do que… improvisar!

Emilia Clarke é uma lufada de ar fresco como Sarah. Mesmo sem a presença de Linda Hamilton, a jovem atriz inglesa tem a garra e a desenvoltura mais do que suficientes para dar um novo rumo a uma personagem icónica da 7ª arte. Arnold é Arnold, mais velho, mais lento mas, também, mais sábio e descontraído.
Nota menos positiva para Jason Clarke no seu papel de herói-vilão e para Jai Courtney no seu esforçado papel de semi-protagonista. Talvez seja de mim mas não me parece que ambos tenham o carisma necessário para tamanha responsabilidade.
Temos, ainda, J.K. Simmons mas esse NUNCA nos deixa ficar mal!

Muito boa a forma como a história é renovada, especialmente no que diz respeito às (novas) motivações dos protagonistas. Para os (mais antigos) fãs do franchise é um prazer perceber e relembrar todos os pequenos detalhes que marcaram o início destas aventuras. Ainda assim, a revelação do twist (em pleno trailer) e, sobretudo, a dificuldade em explicar algumas das muitas reviravoltas, tornam o filme apenas agradável.

Arnold (a jogar nitidamente em casa) e Emilia parecem mais do que garantidos para voltarem para novas aventuras, quanto aos demais protagonistas recomenda-se um refresh… senão o Julgamento (Final) será inevitável.

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