“Magic Mike XXL” de Gregory Jacobs
3 anos depois de Magic Mike, Channing Tatum volta a rebuscar no baú das recordações para nova incursão pelo seu passado como “animador masculino”.
Quer dizer, por esta altura, começa a parecer mais um universo paralelo da vida do jovem ator, do que propriamente o seu passado autobiográfico, mas acredito que essa alusão a um passado recente ajude (e de que maneira!) na promoção do filme.
Porém, se o seu antecessor tinha pelo menos o condão de vir assinado pelo magistral Steven Soderbergh, esta versão XXL entregue ao seu habitual assistente de realização, Gregory Jacobs, não é mais que um festim para o público feminino.
Seguindo em pleno a estrutura de um qualquer filme de dança – Step Up‘s e afins – a única diferença reside na “sensualidade” (chamemos-lhe assim, ok?) das coreografias ensaiadas durante quase 2h de filme… e um pouco mais além, no caso das antestreias! À parte desse ‘pequeno’ detalhe, é quase como que um sarau cultural onde as apresentações anteriores servem apenas para preparar o apoteótico final.
Dessa forma, cinematograficamente falando, há pouco a registar. Tirando um ou outro apontamento humorístico que ajuda a aliviar a ‘tensão’ acumulada ao longo dos viris passos de dança, percebe-se que o entretenimento oferecido resume-se aos momentos em que os moços tiram a roupa.
Decidido a seguir uma vida “normal”, Mike (Tatum) prossegue o seu negócio no ramo mobiliário, longe dos palcos e dos bares de diversão noturna. Porém, o “e viveram felizes para sempre” já não é uma realidade e quando os restantes membros dos Kings of Tampa o desafiam para uma última atuação, Magic Mike não consegue resistir a voltar para junto dos seus. O que se segue é descontraída viagem pelo (sub)mundo da diversão noturna (para mulheres).
Estou convicto que o público feminino encontrará outras valências, para além das enumeradas.
Ainda bem para elas.
"Magic Mike XXL" é um bom filme e entretém, mas não mais do que isso. – 3*
Cumprimentos, Frederico Daniel.