“Homem-Formiga (Ant-Man)” de Peyton Reed
A Marvel continua a esticar a corda…
No início do Verão passado, ainda antes da estreia de Guardians of the Galaxy, debatíamos animadamente, aqui e ali, sobre a capacidade da Marvel em apresentar-nos novos (super-)heróis – cada vez menos conhecidos do grande público – mas mantendo o apelo e a admiração dos espetadores de cinema.
Porém, os aventureiros intergaláticos saíram-se bem melhor do que a encomenda – ao ponto de se tornarem na verdadeira alternativa aos Avengers no Universo Cinematográfico da Marvel – o que acabou por aumentar ainda mais a pressão sobre Ant-Man. Principalmente depois de um perído de gestação tão complicado.
Comecemos pelo elenco. Paul Rudd será, por ventura, o mais inesperado dos super-heróis. Com larga experiência no cinema mais ligeiro, não terá sido a escolha mais óbvia, como também não o terá sido Michael Douglas, na pele do seu mentor. Acaba por ser Evangeline Lilly, a mais habituada a estas andanças (depois da participação em The Hobbit) mas só veremos todos os seus dotes na já anunciada sequela.
O argumento andou de mão em mão. Edgar Wright, Joe Cornish, Adam McKay e, finalmente, Paul Rudd. A realização passou de Wright para Payton Reed. E após muitos avanços e recuos, o filme viu a luz do dia… ou a escuridão de uma sala IMAX! Sim, porque há filmes que só podem ser vistos em IMAX 3D!
A história tem os seus atributos, o super-herói os seus defeitos e os efeitos especiais as suas virtudes. Tudo conjugado Ant-Man não deixa de ter as suas falhas… mas também os seus trunfos. A ausência de uma figura (tanto ator como personagem) magnânima, um vilão meramente razoável e a cada vez mais restritiva omnipresença dos Avengers tiram algum brilho ao mais novo membro da família Marvel mas a realização e a aposta em tirar partido das mais fascinantes tecnologias ao serviço do cinema acabam por compensar muita das lacunas. Juntando a isso um competentíssimo e (como sempre) bem humorado Paul Rudd e temos um filme acima da média, mesmo para os padrões da Marvel.
O conhecimento relativamente a Ant-Man (e a Wasp) não era assim tão vasto à priori mas o suficiente para perceber que “os heróis e não se medem aos palmos”. Depois da sua estreia na 7ª arte, fica a certeza que temos mais um elemento fascinante para preencher o Universo Marvel, quiçá com bagagem para mais um ou dois filmes a solo (sim, porque a sua presença nos próximos capítulos de Captain America e Avengers está mais do que confirmada!).
Scott Lang (Rudd) não será mais do que um simples larápio, com alguns problemas familiares, que tenta reconstruir a sua vida de forma honesta, apesar das muitas tentações. Até que após um trabalhinho mal sucedido é seduzido pelo Dr. Hank Pym (Douglas) a vestir o fato e tornar-se no seu protégé – mesmo perante a oposição da filha deste (Lilly). E os desafios não serão assim tão ‘pequenos’ quanto isso!
É um regalo para os olhos. Poucos super-heróis terão tanta pertinência de estrear em IMAX 3D como Ant-Man. Ele fica grande, ele fica pequeno, ele é rápido, forte, trapalhão, bem humorado e de repente surge um Thomas gigante ou uma formiga amestrada.
Terá a Marvel encontrado um substituto à altura para o seu Iron Man?
Vi "Homem-Formiga" e conquistou-me. Adorei esta película e o seu pequeno grande herói.
Adorei os efeitos visuais e os personagens de "Ant-Man". As cenas vividas ao tamanho do herói deste filme ficaram perfeitas.
5* – Cumprimentos, Frederico Daniel.
🙂