“Mínimos (Minions)” de Pierre Coffin e Kyle Balda
Não chega a ser um filme brilhante mas será, muito provavelmente, o produto cinematográfico mais abrangente de 2015.
Dos 8 aos 80 não há quem consiga não gostar destes malvados amarelos. Depois de 2 filmes como sidekicks de um Gru maldisposto (mas que tinha tanto de mau como de bonzinho), os Minions assumem pleno destaque num spin-off pleno de relevância e assertividade. Palavras, por ventura, demasiado “caras” para um filme que se deve levar bem na brincadeira mas que dizem bem de toda a estrutura e estratégia por detrás do seu lançamento!
Há 5 anos que conhecíamos esta malta de jardineiras azuis e óculos de soldador mas afinal de onde tinham eles vindo? Qual seria o seu propósito no ‘nosso’ planeta? Quem eram eles?
É precisamente na resposta a estas questões que o filme mais convence. O périplo ao longo de alguns dos mais famosos momentos da História (e pré-história) do nosso planeta – e algumas lendas que fazem parte do imaginário de todos nós – é simplesmente glorioso. Tivesse o filme se resumido a este conjunto de sketches e só teríamos pérolas para revelar.
Mas não foi esse o rumo de Minions. De forma a fechar o círculo, Stuart, Bob e Kevin são recrutados por uma (pouco) malvada Scarlett Overkill (Sandra Bullock) e rapidamente somos desviados para a uma pequena história sem grande chama ou magia. O trio de incautos não poderia ser mais certeiro, já os seus diferentes aliados e inimigos (na prática, os mesmos) fazem de Gru… um artista!
Mais do que rir com esta malta, há um sentimento de carinho e admiração para com eles. Mesmo que do ponto de vista técnico o filme esteja longe de qualquer brilhantismo, cada detalhe, cada expressão mais vincada, cada bananaaaaa obriga-nos a um sorriso profundo e à mais terna gargalhada.
Poucas dúvidas restavam que seria um fenómeno perante a pequenada, faltava perceber se iria funcionar com os mais velhos. Da minha parte pode dizer que, apesar de tudo, ficámos rendidos ao seu “charme”… mas ainda não totalmente convencidos!
Nota final, como não podia deixar de ser, à versão original.
Primeiro que tudo o agradecimento à Universal por “arriscar” na sua exibição. Segundo sugerir que as mesmas não se resumam meramente às sessões da noite – nem que seja num horário de fim da tarde! E terceiro, atestar que a sala estava completamente CHEIA de miúdos, graúdos e espetadores, em geral, que ainda não perderam a esperança de ver os melhores filmes de animação tal como foram feitos!!