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“Lendas do Crime (Legend)” de Brian Helgeland

Tom Hardy é imenso, fantástico, magnânimo!!

A dada altura fica a sensação de que se o ator inglês desempenhasse apenas o papel de um dos irmãos Kray, já seria extraordinário mas os 2… é simplesmente genial!
Um desempenho memorável que demonstra toda o talento e versatilidade de um ator em plena e meteórica ascensão.

Mesmo considerando tudo o que ainda aí vem, será uma profunda injustiça (a verificar-se) a sua não nomeação ao Oscar®. Cativante, assustador, encantador, duro, enigmático, competentíssimo. Faltam elogios para qualificar este duplo trabalhado do ator de This Means War, The Dark Knight Rises ou Inception.

Depois de Mad Max: Fury Road e de Child 44, 2015 não poderia terminar melhor para Tom Hardy. Legend é um verdadeiro tour de force para um ator que não deixa ninguém indiferente. Presente em praticamente todas as cenas, em muitas delas em duplicado, o filme pertence-lhe por completo. Num trabalho apenas ao alcance de uns poucos… muito poucos!!

Viajamos até Londres. Anos 60. A vida de gangster não podia estar mas em voga, numa era de liberdade, interesses obscuros e conflito territorial. A tensão entre organizações rivais, o interesse da máfia norte-americana e, inevitavelmente, os laços de sangue irão fazer com que os irmãos gémeos Reggie e Ronald e Kray unam esforços para se tornarem nos “donos da cidade”. Mas Reggie e Ronald não poderiam ser mais distintos. Reggie é um playboy. Severo, duro mas elegante e cativante. Ronald padece de uma patologia psiquiátrica revelando um comportamento errático, perigoso e altamente carente. Juntos serão implacáveis.

Muito embora Hardy esteja bem o centro da ação, a história é contada a partir do ponto de vista de Frances Shea (Emily Browning), namorada e, em seguida, esposa de Reggie. Essa particularidade transmite um ar mais emotivo e sincero à narrativa, resultando num importante e merecido acréscimo de autenticidade. É que estamos a “falar” de pessoais reais… ainda que muito pouco normais.

Depois do sucesso como argumentista (Oscar® em 1998 por L.A. Confidential) e do sucesso recente como realizador com 42, Brian Helgeland volta a demonstrar competência e talento em ambos os domínios, valorizando de sobremaneira o desempenho do seu protagonista.

O filme pode ser um pouco desequilibrado, viver em demasiado do seu protagonista e balancear entre o humor negro, o cinema de ação e o retrato histórico-social mas, bem vistas a coisas, é agradabilíssimo de se ver.

E, já falámos do (duplo) desempenho do Tom Hardy?!!

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