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“Zootrópolis (Zootopia)” de Byron Howard, Rich Moore e Jared Bush


Continua a não ser fácil ver cinema de animação em Portugal na sua versão original (especialmente se não corrermos para os cinemas na semana de estreia).

Felizmente, consegui ganhar coragem, ultrapassar a reconhecida aversão e aventurei-me por uma sala de cinema para ver (a versão portuguesa de) Zootopia. Que delícia!

O título nacional, Zootrópolis, pode esconder ao que vamos – evidenciado a cidade, em desfavor da utopia – mas quando estamos a este nível não será um título ou uma vozinha mais ou menos irritante dos “bonecos portugueses” que nos irá estragar a experiência.
Não é só a fofura dos animais, presas e predadores. Não é só o enredo, inteligente, divertido e cativante. Não é só a sublimar e sublime mensagem sociológica, política e cultural. É, acima de tudo, um novo mundo com dezenas de pequeno pormenores e pormaiores que nos deixam de sorriso nos lábios e de coração quente!

Judy Hoops tem um sonho, ser a primeira coelha polícia de Zootrópolis. Mas mesmo num mundo onde presas e predadores convivem diariamente, o pré conceito, a sociedade e o status quo não são propriamente fáceis de ultrapassar. Mas Judy não é uma coelha qualquer. Para garantir o seu lugar (na cadeia alimentar) ela está disposta a tudo, até mesmo a aliar-se a um(a) ludibrioso(a) raposa, Nick Wilde, para levar a cabo uma periclitante investigação em torno de um dos mais badalados casos de polícia em Zootopia.

Desde a anexação da Pixar é inquestionável a “subida de rendimento” da Disney. Tangled, Wreck-it Ralph, Frozen, Big Hero 6, estão anos luz à frente do que a companhia do Rato Mickey fazia no início do milénio. Zootopia segue esse padrão (de qualidade) e 22 anos depois de The Lion King, voltamos a ter um filme de animação da Disney sem humanos mas repleto de emoção, ação e paixão.

O conceito do filme é memorável. A diversidade dos cenários e a vida na cidade preciosos. O enredo certeiro. Suficientemente linear para as crianças, recheados de subtilezas para os adultos. Personagens visual e moralmente atraentes, duvidosas, imperfeitas. Um micro-cosmos delicioso que evolui de forma disforme e imprevisível. Em suma, uma maravilha.

E pensar que QUASE não o vi no cinema.
Seguramente um dos nomeados ao Oscar® e, logicamente, um dos favoritos, neste momento.

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  1. Zootrópolis: 4*

    Este filme carinhoso tem uma história muito boa, sendo muito mais humano do que aparenta e isso cativou-me.
    PS, eu só o vi agora mesmo por isso: Não haver versão original no cinema ao pé de minha casa, eu já não consigo ver filmes de animação sem ser legendados.
    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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