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“Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War)” de Joe e Anthony Russo


Avaliar Civil War como o culminar da trilogia Captain America não será propriamente justo nem correto.

O rumo adotado pelo Marvel Cinematic Universe (MUC) “obriga”, a cada passo (ou filme), ao amplificar da interligação entre todos os super-heróis, e respetivas histórias, pelo que será cada vez mais complicado “encaixar” um stand alone para as personagens que já conhecemos… e quando se trata de um dos seus elementos centrais – como Steve Rogers – a questão assume, definitivamente, outra escala.

Civil War – é curioso como a própria Marvel enfatiza esta parte do título, descurando aquilo que seria, à partida, o seu elemento fundamental, Captain America – será bem mais o terceiro passo de The Avengers. Ou nem isso. Civil War é… mais um episódio dos super-heróis da Marvel. (ponto) E dos bons! (ponto de exclamação)

Estamos perante uma imensa constelação de (super-)estrelas que divide o palco de forma precisa e competentíssima. Os egos – apenas os das personagens – estão em modo efervescente e tudo, mesmo tudo, é possível.

Logo que se confirmou o título da 3ª aventura do Captain America tornou-se claro que o duelo entre Captain e Iron Man seria inevitável. O que ninguém poderia imaginar era a forma como tal seria possível. Nem tão pouco a virtuosidade e naturalidade com que os irmãos Russo enquadrariam esse explosivo duelo. As divergências entre os dois líderes naturais dos Avengers são bem conhecidas de qualquer fã (mais ou menos atento) do MCU mas daí até a um duelo até “à morte” vão… 2h de distância.

Bucky ou o Soldado do Inverno (Sebastian Stan) continua a ser o tendão de Aquiles do Capitão (Chris Evans). Mas a amizade que os une é tão forte como a propensão do primeiro para se meter em sarilhos. Numa altura em que os Vingadores sentem a pressão da comunidade internacional para “prestar contas” – em função dos danos colaterais das suas últimas batalhas – Bucky torna-se no Homem mais Procurado no mundo quando se vê envolvido num incidente com consequências devastadoras.
Dividido entre o dever e a amizade, Steve tudo fará para proteger o seu eterno parceiro, mesmo que isso implique colocar em cheque tudo o que construiu junto dos outros Avengers e tudo o que representa para uma comunidade internacional cada vez mais insegura, insatisfeita mas eternamente grata.
Tony Stark (Robert Downey Jr.) é quem assume a responsabilidade de confrontar as opções e as escolhas do Capitão, dando lugar a duas facções de super-heróis.

Pode parecer uma reviravolta de 180º graus. Muitos – todos nós, certamente – se questionavam, à partida, como seria possível este volte face de dimensões gigantescas e consequência imprevisíveis. Mas, justiça se faça à Disney, à Marvel e aos irmãos Russo, nada parece mais “normal”.

O enredo, as motivações – de heróis e vilões – as surpresas, as estreias e as revelações, convencem, justificam-se, entretém. Visualmente irrepreensível – como a Marvel-Disney nos tem habituado – o risco assumido pelos realizadores foi imenso, e só se pode concluir que o retorno foi proporcional. Mesmo sendo fiel ao histórico (recente), o filme é totalmente diferente do que temos visto. E resulta.

Desta imensidão de heróis, destaque para Scarlett Johansson. A sua Natasha Romanoff ou Black Widow (Viúva Negra, por cá) tem, aparentemente, prometido um filme a solo, mas não precisa. A sua preponderância no enredo do MCU, e especialmente neste episódio, revelam que muitas vezes não é necessário o protagonismo para ser protagonista. Será, com a exceção dos estreantes, a personagem mais favorecida com o desenrolar da história e aquela que, sem nos apercebermos no imediato, maior relevância vem ganhando.
Justiça seja, igualmente, feita a Daniel Brühl pela sua poderosa entrada no Universo da Marvel… mas neste caso específico não estamos “autorizados” a revelar mais pormenores.

E com isto, resta dizer que QUEREMOS MAIS!!
Os estreantes Spider Man e Black Panther têm já o seu filme a solo planeado. Thor (e Hulk) estarão de regresso em breve e novos capítulos dos The Avengers não demorarão a chegaro. Já para não falar de Doctor Strange (ainda este ano) ou da sequela de Guardians of the Galaxy (no próximo).

Tão viciante quanto uma banda-desenhada ou uma série de TV, o MCU continua a deslumbrar, a conquistar novos seguidores e a envolver os amantes do cinema. E a partir do momento em que os super-heróis se tornam – de forma tão perfeitamente plausível – inimigos, TUDO pode acontecer!

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  1. "Capitão América: Guerra Civil": 5*

    "Capitão América: Guerra Civil" é altamente recomendado, gostei muito de o ter ido ver na Festa do Cinema.
    "Captain America: Civil War" tem uma história excelente e vários personagens bem enquadrados na sua intriga, o que só mostra a sua coesão.
    Também adorei o desempenho do Daniel Brühl, soberbo.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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