“Cantar (Sing)” de Christophe Lourdelet e Garth Jennings
Fechamos o ano (de 2016) com um filme que curiosamente vimos (apenas) recentemente.
Temos andado bastante alheados do cinema de animação. A opção pela quase exclusividade de sessões dobradas tem-nos retirado algum do interesse pelo género, o que combinado com a menor disponibilidade, tem limitado as nossas incursões pelo cinema mais infantil.
Para mais quando confrontados com a dobragem de um filme que vivia das músicas que trauteava, mais confuso tudo ficava.
Porém, fomos acompanhando o seu sucesso. Percebemos que afinal a parte anglo-saxónica das canções tinha prevalecido. E, então, lá decidimos espreitar o porquê de tanto apreço. Em boa hora o fizemos!
Sing é o típico filme de animação feito para as crianças adorarem e os adultos apreciarem. Sem grandes preciosismos ou ilusões, a mais recente aposta da Illumination Entertainment tem uma historinha para contar (no bom sentido) e, pelo caminho, diverte, anima o espírito e convida-nos a “bater o pé”. Será preciso pedir mais?
O elenco de vozes, na versão original, é fantástico. Matthew McConaughey, Reese Witherspoon, Seth MacFarlane, Scarlett Johansson, Taron Egerton, Jennifer Hudson. Em condições (a)normais a referência seria escusada, mas convém lembrar que a maioria das personagens canta, em inglês, e nesse momento temos a oportunidade de os ouvir!
Quanto à “historinha”, ela acompanha as desventuras de um koala, dono de um cine-teatro decadente – o que nos traz à memória, infelizmente, situações bem concretas e próximas de nós – que num último suspiro decide organizar um concurso de talentos. Elefantes, ratinhos, porquinhos, gorilas, ouriços e um sem número de outros animais na plateia dão um colorido especial a um adorável filme de entretenimento.
Naturalmente não conta com os preciosismos e a grandeza da mensagem de Zootopia – não é por acaso que uns ganham Oscars e outros “apenas” divertem os espetadores – mas não deixa de ser um filme de animação super divertido e super cativante. Tanto para a pequenada, como para os mais “crescidos”.
Não podia ter sido um final (de ano) mais doce…
É um dos meus filmes preferidos de animação e a mensagem do filme diz-nos para não desistirmos de nós, vejam.
Cumprimentos, Frederico Daniel.